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Entidade pioneira completa meio século defendendo o criacionismo

Projeto para o que será o tão sonhado Museu de História Natural da Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) no futuro. (Foto: Atrium Arquitetura e Design)

Projeto para o que será o tão sonhado Museu de História Natural da Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) no futuro. (Foto: Atrium Arquitetura e Design)

A Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) completará 50 anos em 2022. Sua história está ligada ao pioneirismo da família do engenheiro Ruy Carlos de Camargo Vieira, hoje com 92 anos, com o apoio de Francisco Batista de Mello, Nahor Neves de Souza Júnior, Humberto Ricci e outros adventistas de São Carlos, São Paulo. Eles deram os primeiros passos para a formação da entidade que promove o criacionismo no país. Ao longo de décadas, várias outras pessoas usaram seus conhecimentos e talentos nessa causa.

Uma Paixão Histórica pela Ciência e pela Fé

A ideia de organizar uma entidade criacionista, no final de 1971, está diretamente ligada a uma semana cultural organizada no ano anterior em São Carlos pelo pastor Leondenis Vendramin, então pastor distrital daquela cidade. Nesse evento, vários palestrantes, em sua maioria professores do antigo Instituto Adventista de Ensino (hoje Centro Universitário Adventista de São Paulo [UNASP], campus São Paulo), foram convidados para discutir assuntos de interesse cultural e científico.

Foi nesse evento que outra figura importante entrou em cena: o matemático Orlando Rubem Ritter. Foi homenageado pela SCB como o pioneiro do criacionismo no Brasil em agosto de 2011 em Curitiba. Durante a Semana Cultural de 1970, o professor Ritter apresentou uma palestra sobre datação com carbono radioativo. Ao final de sua palestra, indicou uma bibliografia crítica sobre o assunto, mencionando a Pesquisa da Sociedade Criacionista. Tratava-se de uma organização criacionista norte-americana, fundada há cerca de dez anos, que publicava seu periódico trimestral com artigos muito bem fundamentados.

Parte das publicações da entidade, que inclui livros, revistas e outros materiais (Foto: Divulgação)
Parte das publicações da entidade, que inclui livros, revistas e outros materiais (Foto: Divulgação)

O impacto desse contato entre o professor Ritter e os futuros editores da Revista Criacionista (Ruy Vieira e seu filho Rui) os inspirou a publicar, inicialmente, traduções para o português de artigos daquele periódico nos Estados Unidos. "Dessa forma", diz Ruy, "com o apoio inicial do professor Ritter, e com o apoio da Pesquisa da Sociedade Criacionista, que autorizou a tradução dos artigos, foi possível estabelecer a Sociedade Criacionista Brasileira".

No entanto, o início das atividades da SCB ocorreu apenas em abril de 1972, com o lançamento dos 500 exemplares do primeiro número da Folha Criacionista (que passou a se chamar Revista Criacionista e, em 2022, chegou ao seu 102º número). No início da década de 1990, a sede do SCB foi transferida do interior de São Paulo para Brasília. Esse movimento marcou uma fase de muitos avanços para a entidade. Além de melhorias na Revista Criacionista, vários livros começaram a ser publicados, e foram produzidos vídeos, kits educativos e cartazes. Nesse período, também teve início em várias capitais brasileiras uma série de palestras para divulgar o criacionismo: seminários que intitularam "A Filosofia das Origens".

Fundação e Expansão

Em 2000, o SCB foi formalizado como pessoa jurídica sem fins lucrativos, com 59 membros fundadores. Alguns anos depois, sua sede administrativa foi inaugurada em sala própria e, em 2004, foi cortada a fita na inauguração de seu centro cultural em Brasília.

Para comemorar os 50 anos da SCB, foi produzido o Compêndio Fé e Ciência. O material reúne todo o conteúdo dos primeiros 100 números de seu periódico, organizado de forma sistematizada. Permite aos interessados ​​no estudo da controvérsia entre as duas estruturas conceituais (criacionismo e evolucionismo), que se confrontam na interpretação dos fatos observados na natureza, ter fácil acesso à vasta literatura sobre os aspectos básicos envolvidos nesta controvérsia. Além dos artigos da Revista Criacionista, foram incorporados ao compêndio os conteúdos de outras publicações da SCB de diferentes períodos.

Posição Estratégica

Para o Dr. Ruy Vieira, é importante continuar defendendo e popularizando o modelo criacionista "porque a estrutura conceitual evolucionista, que dissemina teorias [evolucionárias], ao confrontar a estrutura conceitual criacionista bíblica, se reveste de roupagem supostamente 'científica' e começa a exercer um enorme efeito negativo visando a destruição da revelação bíblica, que constitui a base epistemológica para a validação dos pressupostos criacionistas”.

O Centro Cultural SCB reúne uma vasta compilação bibliográfica e coleções de fósseis, rochas e outros materiais para estudo (Foto: Divulgação)
O Centro Cultural SCB reúne uma vasta compilação bibliográfica e coleções de fósseis, rochas e outros materiais para estudo (Foto: Divulgação)

Marcos Natal de Souza, geólogo e atual presidente da SCB, afirma: "Entre os desafios da sociedade para os próximos anos está a construção do museu virtual, que permitirá o acesso remoto a todo o acervo da sociedade, e o construção de uma nova sede em local ainda a definir.”

Números do SCB:

  • 50 anos de existência

  • 27 seminários sobre Filosofia das Origens realizados em várias partes do Brasil e no exterior

  • Mais de 50 livros publicados para diferentes faixas etárias

  • 102 edições do periódico Revista Criacionista

O artigo original foi publicado no site da Divisão Sul-Americana.

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