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Barry C. Black Completa 20 Anos Como Capelão Do Senado Dos Estados Unidos

Ele é o primeiro afro-americano e Adventista do Sétimo Dia a ocupar o cargo.

O capelão do Senado dos EUA, Barry C. Black, faz um discurso para o então presidente Donald Trump e líderes políticos e cívicos americanos durante o 65º Café da Manhã Nacional de Oração em 2017. [Foto: Adventist Review]

O capelão do Senado dos EUA, Barry C. Black, faz um discurso para o então presidente Donald Trump e líderes políticos e cívicos americanos durante o 65º Café da Manhã Nacional de Oração em 2017. [Foto: Adventist Review]

Barry C. Black recentemente completou 20 anos como capelão do Senado dos Estados Unidos em Washington, D.C. Black, que completará 75 anos este ano, chegou a essa posição após uma extensa carreira como capelão da Marinha. Ele é o primeiro capelão militar, Adventista do Sétimo Dia e afro-americano a ocupar o cargo de capelão do Senado dos EUA.

Como parte de suas funções, Black abre cada sessão do Senado com uma oração, pedindo a Deus que dê sabedoria aos legisladores. Em seu papel, ele enfatiza que não é favorável a pessoas ou agendas políticas.

"Eu acredito que sou imparcial", compartilhou Black em uma entrevista recente ao jornalista Mark A. Kellner para o The Washington Times. “Não se espera que eu, ao lidar com os legisladores, deixe de expressar minha opinião sobre várias questões. Então, sou capaz de fazer isso e compartilhar minhas ideias com eles, e amo a oportunidade de participar da grande conversa."

Em 2017, Black fez um discurso para o então presidente Donald J. Trump em uma sala repleta de líderes políticos e cívicos americanos, bem como líderes internacionais, incluindo o Rei Abdullah II da Jordânia, durante o 65º Café da Manhã Nacional de Oração.

Durante seu discurso no evento, que foi transmitido nacionalmente pela televisão, Black mencionou o tipo de relacionamento que Deus deseja ter com aqueles que se aproximam Dele em oração, citando as palavras de Jesus para Seus discípulos em João 15:15: "Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos" (parafraseado).

Black é o segundo Adventista do Sétimo Dia a discursar no evento, após Benjamin S. Carson Jr., ex-neurocirurgião e secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, que discursou na solenidade duas vezes, a última delas em 2013.

Black é também um autor renomado. Dentre suas obras está sua autobiografia, From the Hood to the Hill (Thomas Nelson, 2006), na qual narra sua trajetória desde a infância até atingir a posição que ocupa atualmente.

Em 2022, Black escreveu um livro infantil intitulado A Prayer for Our Country: Words to Unite and Inspire Hope (Zonderkidz), que em português poderia ser traduzido como "Uma Oração para o Nosso País: Palavras para Unir e Inspirar Esperança". Ilustrado pela artista Kim Holt, o livro para jovens leitores celebra as coisas que tornam os Estados Unidos da América um "lugar incrível", segundo a editora.

"Eu acredito que uma das maiores bênçãos da minha vida foi aprender a orar", disse Black à Adventist Review, por ocasião do lançamento do livro. "Minha mãe e membros da igreja me ensinaram, por preceitos e exemplo, como fazer com que minha oração seja ouvida no céu. Meu novo livro é uma tentativa de ajudar esta geração de crianças a aproveitar o poder da oração."

Uma das suas orações mais lembradas no Senado dos Estados Unidos ocorreu nas primeiras horas de 7 de janeiro de 2021, um dia após os incidentes que afetaram o funcionamento normal da instituição. Encerrando uma sessão importante, ele condenou a violência e suplicou aos grupos em conflito que se unissem em prol do país.

"Nós deploramos a profanação do edifício do Capitólio dos Estados Unidos, o derramamento de sangue inocente, a perda de vidas e o abismo de disfunção que ameaça nossa democracia", citaram o The New York Times e outras mídias nacionais naquele dia. "Essas tragédias nos lembraram que as palavras importam e que o poder de vida e morte está na língua. Fomos alertados que a vigilância eterna continua a ser o preço da liberdade."

A histórica súplica de Black terminou com um pedido especial: "Use-nos para trazer cura e unidade à nossa nação e mundo feridos e divididos."

A versão original deste artigo foi publicada pelo site da Adventist Review.

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