Loma Linda University Health

Universidade de Loma Linda Inova no Tratamento da Fibrilação Atrial com Técnica Minimamente Invasiva

O procedimento foi desenvolvido para ser o menos invasivo possível, mantendo resultados clínicos excelentes.

Estados Unidos

Molly Smith, Universidade de Loma Linda e ANN
O procedimento híbrido robótico para fibrilação atrial é um processo em duas etapas, projetado para maximizar a eficácia do tratamento.

O procedimento híbrido robótico para fibrilação atrial é um processo em duas etapas, projetado para maximizar a eficácia do tratamento.

[Foto: Universidade de Loma Linda]

O Instituto Internacional do Coração da Universidade de Loma Linda é um dos primeiros centros no oeste dos Estados Unidos a oferecer um inovador procedimento híbrido para o tratamento da fibrilação atrial (FA) — um distúrbio comum do ritmo cardíaco que pode levar a complicações graves, como AVC ou insuficiência cardíaca. Essa abordagem inovadora, realizada em duas etapas, combina cirurgia assistida por robô com técnicas baseadas em cateter, visando melhorar os resultados do tratamento, especialmente para pacientes com FA persistente ou de longa duração que não responderam bem às terapias convencionais.

Ao integrar métodos cirúrgicos e minimamente invasivos, o procedimento híbrido representa uma opção mais eficaz e completa para restaurar o ritmo cardíaco normal e reduzir os riscos associados à fibrilação atrial em longo prazo.

Abordagem em Duas Etapas Para Tratar a Fibrilação Atrial

Segundo o Dr. Joshua Chung, chefe de Cirurgia Cardiotorácica, o procedimento híbrido foi cuidadosamente planejado em duas fases para aumentar a taxa de sucesso e reduzir o tempo de recuperação.

Etapa 1: Ablação cirúrgica assistida por robô

A primeira etapa consiste em uma ablação cirúrgica minimamente invasiva, realizada por meio de pequenas incisões no tórax com o auxílio do sistema robótico da Vinci. Essa avançada plataforma cirúrgica oferece maior precisão e visibilidade ao cirurgião para criar lesões específicas na parede externa do átrio esquerdo. Essas lesões ajudam a interromper os sinais elétricos anormais que causam a fibrilação atrial, permitindo o retorno ao ritmo cardíaco normal. Em comparação com a cirurgia tradicional de tórax aberto, esse método reduz significativamente o trauma, encurta o tempo de recuperação e diminui os riscos de complicações.

Etapa 2: Ajuste com ablação por cateter

Após a cirurgia, um eletrofisiologista realiza uma ablação por cateter para aperfeiçoar os resultados. Um cateter é inserido por uma veia — geralmente na região da virilha — e guiado até o coração. Com o uso de radiofrequência ou crioterapia, o especialista elimina vias elétricas anormais remanescentes. Essa etapa garante um tratamento mais completo, especialmente útil em casos complexos.

“Ao combinar essas duas técnicas complementares, conseguimos melhorar o controle do ritmo cardíaco a longo prazo e reduzir o risco de AVC, insuficiência cardíaca e outras complicações associadas à fibrilação atrial”, afirma o Dr. Chung.

Melhoria dos Resultados em Longo Prazo

Embora as cirurgias cardíacas tradicionais para fibrilação atrial apresentem taxas de sucesso superiores a 90%, o método híbrido com assistência robótica busca alcançar eficácia semelhante por meio de uma abordagem muito menos invasiva, tornando-se uma alternativa atraente para pacientes de várias partes do mundo.

Esse procedimento é especialmente indicado para pessoas com fibrilação atrial persistente ou de longa duração (mais de 12 meses), bem como para aquelas que já passaram por ablações por cateter sem sucesso.

Para esses pacientes, o método híbrido representa um novo caminho quando outras opções de tratamento não trouxeram alívio duradouro.

Conscientização e Preocupações dos Pacientes

Muitas pessoas com fibrilação atrial não reconhecem imediatamente sua condição. Algumas relatam sintomas como fadiga, palpitações ou falta de ar, enquanto outras não apresentam sintoma algum. Para pacientes que já passaram por tratamentos sem sucesso, o procedimento híbrido frequentemente oferece uma nova esperança.

Embora a cirurgia robótica possa parecer intimidadora para alguns, o Dr. Chung destaca que a maior preocupação dos pacientes costuma ser a própria ideia de cirurgia — não o componente robótico.

“Este procedimento foi desenvolvido para ser o menos invasivo possível, mantendo resultados clínicos excelentes”, afirma. “Atualmente, poucos centros no mundo oferecem esse tratamento, mas esperamos que a demanda cresça à medida que mais pacientes e médicos conheçam seu potencial.”

A versão original deste artigo foi publicada no site da Universidade de Loma Linda.

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