O que começou como uma aula sobre a história da Igreja Adventista na Universidade Adventista do Haiti, (UNAH) resultou em dezenas de estudantes de teologia pesquisando por meses e reunindo artefatos, fotos, desenhos e documentos para o primeiro museu do adventismo no Haiti. A iniciativa também inclui um pequeno centro de estudos sobre Ellen G. White, co-fundadora da Igreja Adventista, no Auditório Michel Toussaint do campus.

O lançamento do projeto foi anunciado no campus da universidade enquanto a Igreja Adventista do Haiti celebra seu 118º aniversário. Dezenas de líderes da igreja, educadores e estudantes reuniram-se em 15 de agosto para a cerimônia de inauguração.

“O museu está lá para nos lembrar de que temos uma história, que temos uma missão, de que temos um nome que carrega uma mensagem particular”, disse o Pastor Edgar Étienne, reitor da Faculdade de Teologia da UNAH. O museu está apenas no estágio inicial de uma rica história adventista no país, disse ele, acrescentando que o entusiasmo e a dedicação de seus estudantes de teologia resultaram em uma sala cheia de importantes recursos históricos que iluminarão e inspirarão aqueles que a visitarem.

"Cada campo da igreja no Haiti e cada instituição terão espaço para colocar suas relíquias e documentos históricos, a fim de que o museu seja mais inclusivo e reflita verdadeiramente o adventismo no Haiti", explicou Étienne.

O Pastor Pierre Caporal, presidente da União Haitiana, elogiou o trabalho dos estudantes e de tantas pessoas que participaram para tornar possível o museu e o centro de recursos. “Ter um museu é um marco na história da pesquisa sobre o movimento da Igreja Adventista, tanto no Haiti quanto no exterior”, disse Caporal. “Também permitirá que os jovens do país conheçam melhor um dos pioneiros Adventistas do Sétimo Dia, que Deus usou para iluminar o caminho de Seu povo, Sua igreja, ao longo da jornada na terra até a Canaã celestial”.

O sonho seria ter um edifício apenas para o museu e o centro, disse Caporal. "Talvez este pequeno começo esteja estabelecendo uma base que possa se transformar em um local mais permanente onde outros do Haiti e de todo o mundo possam visitar", acrescentou. “O museu representará mais do que uma coleção de objetos históricos; representará toda a nossa história, toda a nossa fé e nosso compromisso de proclamar a mensagem dos três anjos com mais determinação, com mais fervor e amor”.

Segundo os registros oficiais, a Igreja Adventista começou suas atividades em 15 de agosto de 1905, quando uma escola dominical se transformou em Escola Adventista do Sétimo Dia.

A sala do museu recebeu o nome de Emmanuel Clément Benoit em homenagem ao pastor por seus 50 anos de ministério pastoral no Haiti. Benoit é atualmente presidente da Missão Sul do Haiti. Em 2005, ele publicou um livro sobre o adventismo no Haiti.

"A ideia do museu é muito significativa. Toda vez que passarmos por esta porta, devemos lembrar que homens e mulheres trabalharam para nos transmitir esta igreja. E por isso nós devemos trabalhar para expandir a igreja", disse o Pastor Benoit.

Idony Patrice Augustin é um estudante do terceiro ano de teologia que, como outros alunos de sua classe, doou um quadro para o museu. "Eu estava ansioso para que este dia chegasse, para ver meu nome em uma moldura que ajudará, por meio do museu, a ensinar a história da igreja para os jovens haitianos", disse Augustin.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia no Haiti tem mais de 500.400 membros que adoram em 1.330 igrejas e congregações organizadas em cinco associações e missões. A igreja administra uma universidade, um hospital, uma clínica e dezenas de escolas primárias e secundárias.

A versão original deste artigo foi publicada pelo site da Divisão Interamericana.