A despeito da turbulência econômica pelo mundo, a Igreja Adventista do Sétimo Dia continua a crescer financeiramente, relatou o tesoureiro Robert E. Lemon a líderes denominacionais no domingo.

“Não só os dízimos e ofertas aumentaram”, declarou Lemon, “mas a Igreja foi abençoada em receber um ‘dízimo extraordinário’ de muitos milhões de dólares. O relatório financeiro de Lemon de 6 de abril durante a reunião de negócios da Primavera, da denominação, refletia cerca de metade desse dízimo extraordinário, que foi primeiramente anunciado na reunião de negócios da Igreja do outono de 2007.

O presidente mundial da Igreja, Jan Paulsen, descreveu o dízimo extraordinário como um “privilégio” com que lidar e declarou que permitiria à Igreja trabalhar em modos que não seriam possíveis sem o mesmo.

Parte desse dízimo extraordinário será alocado a áreas específicas do ministério, explicou o subsecretário da Igreja Juan Prestol. Para ajudar na divisão do restante, os delegados concordaram numa lista de diretrizes para avaliação de iniciativas potenciais. Paulsen disse que a Igreja esperaria propostas revisadas para cada região eclesiástica, e então agiria de forma rápida para a distribuição dos fundos.

“A Igreja está estabelecendo planos cuidadosos e rápidos para utilizar estes fundos para missão, particularmente em áreas não-penetradas”, disse Paulsen.

No que se refere ao campo regular de dízimos os totais globais subiram 9 por cento durante 2007, alcançando 1,78 bilhão de dólares, comparados com 1,6 bilhão em 2006, relatou Lemon. Pela primeira vez os dízimos devolvidos nas regiões mundiais da Igreja quase alcançaram as somas recebidas na região norte-americana.

Embora as taxas de câmbio, em associação com perda de valor do dólar dos EUA, respondam por parte desse aumento, Lemon esclareceu que a Igreja experimentou inequívoco aumento em retornos dos dízimos locais.

Conquanto um dólar americano enfraquecido aparentemente melhore os dados financeiros da Igreja, isso pode na realidade reduzir o que se realiza com fundos para missões estrangeiras, informou Lemon.

Lemon também mencionou o crescimento “muito animador” de 12 por cento nas ofertas para missões na região norte-americana nos últimos quatro anos. Para o ano fiscal, os montantes totalizaram 24 milhões de dólares na América do Norte e 38 milhões nas outras regiões da denominação. O total de ofertas para missões aumentou 199 por cento em regiões fora da América do Norte nos últimos vinte anos.

Paulsen chamou o aumento um “testamento” à ênfase da Igreja em evangelismo. “Se nossos membros vêem que estamos focalizados em missões, irão desejar nos apoiar”, disse ele.

Lemon declarou que o crescimento em ofertas para missões e dízimos, juntamente com frugalidade na sede denominacional perto de Washington, D.C., significa que a Igreja termina o ano fiscal com um aumento de 23 milhões de dólares em capital líquido?sem contar o dízimo extraordinário. Parte desses fundos são restritos ou têm destinação alocada para propósitos especiais.

Dirigentes da área financeira também debateram os investimentos da Igreja à luz de flutuações do mercado. Comentando especificamente sobre os fundos de aposentadoria da Igreja, o tesoureiro-associado da denominação Roy Ryan declarou que em vista de que os investimentos da Igreja são diversificados, de longo prazo e conservadores, os riscos são “controláveis”.

Dada a volatilidade dos mercados, “ninguém espera um ano fiscal robusto no ano 2008”, aduziu Ryan, “mas a força dos mercados emergentes internacionais é animadora para os investidores com base nos EUA”.

Resumindo os relatórios financeiros, o auditor externo da Igreja, Jim Nyquist, um sócio da firma Maner Costerisan & Ellis, ofereceu uma opinião sincera e objetiva sobre os registros financeiros da Igreja. Ele recomendou alguns ajustes menores como necessários para manter as declarações da Igreja em linha com padrões de auditoria mais rigorosos nos EUA.

O Concílio de Primavera da denominação este ano foi realizado pela primeira vez na Universidade Andrews, que pertence à denominação. Essas reuniões de negócios são periodicamente realizadas em outros locais diversos da sede mundial. Este outubro, os líderes mundiais se reunirão para o Concílio Anual em Manila, Filipinas.