Southern Asia Division

Ministério de Apoio Impacta a Índia com a Construção de Igrejas e Poços de Água

A Maranatha Volunteers International está deixando uma marca tangível em todo o país.

Índia

Marcos Paseggi, Adventist Review
Líderes da Divisão Sul-Asiática e da Maranatha Volunteers International se reúnem para revisar o trabalho do ministério de apoio na Índia e planejar para 2025 e além.

Líderes da Divisão Sul-Asiática e da Maranatha Volunteers International se reúnem para revisar o trabalho do ministério de apoio na Índia e planejar para 2025 e além.

[Foto: Marcos Paseggi, Adventist Review]

À primeira vista, os números impressionam. Em 2024, a Maranatha Volunteers International deixou sua marca na Índia com a construção de 30 igrejas adventistas do sétimo dia em quatro estados e a perfuração de 104 poços de água.

No total, os líderes da Divisão Sul-Asiática (DAS) estimam que, nos últimos 25 anos, a Maranatha construiu aproximadamente 2.000 igrejas, o que representa mais de 40% das 4.588 igrejas atualmente listadas no diretório regional.

Em relação aos poços de água, a Maranatha já perfurou 1.052 poços, beneficiando cerca de 3.000 comunidades.

“Cada poço, em média, atende mais duas comunidades”, explicaram os líderes da igreja em uma recente reunião de revisão na sede da União do Norte da Índia, em Nova Délhi. “Em algumas áreas, especialmente no nordeste da Índia, um único poço abastece entre três e cinco aldeias”, informaram.

No setor educacional, os números também impressionam. De acordo com dados recentes, mais de 30.000 estudantes têm acesso ao ensino em 405 salas de aula construídas pelo ministério de apoio em toda a Índia.

“Em nosso território, temos sete uniões”, afirmou o presidente da DAS, Ezras Lakra, durante a reunião de revisão com os líderes da Maranatha. “Em cada uma de nossas sete uniões, temos salas de aula ou igrejas, ou alguma estrutura construída pela Maranatha.”

O tesoureiro da Divisão Sul-Asiática, Riches Christian, concordou. “A Maranatha tem sido uma bênção, é uma bênção e continuará sendo uma bênção para o povo da Índia... Esse ministério traz sorrisos aos rostos das pessoas”, disse ele.

O presidente da Divisão Sul-Asiática, Ezras Lakra, destaca que agora há salas de aula ou igrejas em cada uma das sete uniões da região, “ou algo construído pela Maranatha”.
O presidente da Divisão Sul-Asiática, Ezras Lakra, destaca que agora há salas de aula ou igrejas em cada uma das sete uniões da região, “ou algo construído pela Maranatha”.

Progresso Contínuo

No entanto, os líderes acreditam que os números, por si só, não contam toda a história do impacto desse ministério, pois há instituições específicas e histórias pessoais que também evidenciam a transformação promovida pela Maranatha na Índia.

No norte do país, por exemplo, o Colégio Adventista do Nordeste, em Thadlaskein, Meghalaya, tornou-se a Universidade Adventista do Nordeste. Anos atrás, a Maranatha construiu salas de aula, um auditório, um seminário e moradias para funcionários nesse campus. Da mesma forma, a Escola Adventista de Roorkee, em Uttarakhand, onde a Maranatha construiu salas de aula, dormitórios e residências para funcionários, foi transformada na Faculdade Adventista de Roorkee.

“Não há dúvida de que a expansão da infraestrutura contribuiu significativamente para o crescimento da igreja na Índia”, afirmaram os líderes. “E conforme testemunhamos esse crescimento, também percebemos um aumento nos dízimos e ofertas. [...] Esse impacto direto é resultado do envolvimento da Maranatha na Índia.”

Um Desafio Grandioso

Apesar do progresso expressivo e contínuo, o trabalho missionário na Índia permanece um grande desafio. Com 1,4 bilhão de habitantes, o país apresenta diferentes estados, idiomas, culturas e níveis variados de liberdade religiosa, explicaram os líderes da igreja.

Os representantes da Maranatha concordaram, mas acrescentaram que a Índia tem sido historicamente um dos locais onde os voluntários causam o maior impacto.

“Não olhamos apenas para os edifícios que precisam ser construídos; buscamos lugares onde os voluntários possam vivenciar um impacto significativo”, explicou Don Noble, presidente da Maranatha. “Os voluntários que vêm para a Índia também são abençoados e transformados.” E, nesse processo, “constroem e transformam a vida de outras pessoas”, acrescentou.

Um Caso Notável

Esse foi o caso da Escola Adventista de Binjipali, em Odisha. Após três anos de trabalho, a Maranatha concluiu recentemente a reforma do campus escolar no leste da Índia. Antes, o local consistia em estruturas deterioradas, com tinta descascando, pisos rachados e espaço insuficiente para acomodar o número crescente de alunos.

Os estudantes eram obrigados a sentar-se no chão durante as aulas. Mas, graças às doações, ao trabalho dos voluntários e ao apoio da comunidade local, eles agora contam com salas de aula bem iluminadas, dormitórios amplos, banheiros, belos jardins e uma cozinha e refeitório modernos. Além disso, os funcionários da escola estão agradecidos pelos novos apartamentos e por um muro de separação que proporciona mais segurança ao campus.

“Este projeto teve um impacto profundo na minha vida”, afirmou Vinnish Wilson, diretor nacional da Maranatha na Índia. “Antes, não havia banheiros no campus. Alguns dos alunos dormiram em camas pela primeira vez na vida.” E acrescentou: “Estou feliz porque Deus nos deu os recursos e abriu as portas. Graças a Ele, conseguimos transformar esse lugar.”

A transformação chegou no momento certo, disseram os líderes, pois a região está em expansão, com grandes empresas se estabelecendo na área. No entanto, Binjipali é a única escola adventista da região. “Isso pode mudar tudo”, afirmou Wilson.

Um Propósito Especial

Além da construção de igrejas e poços, os líderes da igreja enfatizam que o objetivo principal de cada projeto é ganhar almas para Cristo, tanto por meio do contato com as comunidades atendidas quanto pelo envolvimento dos voluntários. Ao mesmo tempo, cada vez mais membros da igreja estão abraçando a missão com um senso de urgência, acrescentaram.

“Isso é o que a Maranatha faz”, comentou um dos líderes. “É o método de Jesus: demonstrar compaixão às pessoas que não têm acesso a água potável, estudam em escolas precárias e precisam de um lugar para adorar.”

E concluiu: “Se não suprirmos suas necessidades, elas jamais compreenderão o amor de Deus. Mas quando o fazemos, criamos uma conexão com as pessoas, e elas podem conhecer a Deus.”

A versão original deste artigo foi publicada no site da Adventist Review.

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