Igreja Adventista aperta o cinto

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Restrições financeiras incluem suspensão de contratações na sede denominacional, restrições a viagens; meta de nenhum corte de pessoal

Dirigentes adventistas do sétimo dia anunciaram restrições financeiras e cortes no orçamento para fazer face à atual situação econômica, abrangendo desde retardar aumentos de salários e de orçamentos em apropriações a restrições em viagens e relocação de reuniões executivas. Também um congelamento em contratações está em vigor na sede da Associação Geral da denominação, nas proximidades de Washington, D.C.

 

A ação ocorre em resposta às economias globais que defrontam declínio no valor de ações, restrição ao crédito e aumento de índice de desemprego, realidades que poderiam afetar significativamente a arrecadação de dízimos e outras contribuições para congregações locais e escritórios administrativos por todo o mundo.

 

Oficiais de finanças da Igreja passarão em revista o orçamento da Igreja em meados de fevereiro, logo após novos dados sobre dízimos e ofertas estiverem disponíveis. Os dirigentes destacaram que a Igreja não estava num módulo de “crise”, mas operava mudanças a curto prazo até que tenham um entendimento mais claro da direção a que segue a economia e os mercados financeiros.

 

“Cremos que o espaço de tempo não será longo”, disse o tesoureiro da Igreja, Bob Lemon. “Se sentíssemos que isso iria durar de 3 a 5 anos, ou fosse permanente, poderíamos considerar outras mudanças. Mas podemos criar essa cobertura por um curto período de tempo até termos um quadro mais claro”.

 

Oficiais denominacionais anunciaram a aprovação de tais medidas na segunda-feira, dia 17 de novembro, durante uma reunião especial com empregados seguindo-se ao culto regular no auditório do edifício.

 

Os dirigentes também disseram que davam consideração ao senso de segurança dos empregados em seu trabalho e fariam o “máximo” para proteger isso.

 

As mudanças incluem:

 

-Manter os salários de 2009 no nível dos de 2008 para o pessoal assalariado da Associação Geral e empregados que recebem por hora. Também outras medidas serão implementadas quanto a aumentos para os que não se acham no máximo de seu nível salarial.

 

-Redução de 20 por cento no orçamento de viagens para o pessoal da AG.

 

- Retardamento de um orçamento suplementar de 3,5 milhões de dólares para a Universidade Adventista da África, no Quênia, até uma revisão orçamentária em meados de 2009. A Comissão Executiva aprovou o suplemento durante o Concílio Outonal em outubro.

 

-Suspender um planejado aumento de 3 por cento em apropriações para regiões e instituições ligadas a divisões mundiais até após uma revisão da situação em três meses.

 

-Suspender a Reunião da Comissão Executiva de abril na Universidade Oakwood, em Huntsville, Alabama, para mantê-la na sede. Embora a Comissão Executiva geralmente se reúna fora de Washington uma vez a cada cinco anos, os membros da comissão já estariam em Washington para as reuniões prévias, disseram os líderes.

 

-Redução da reunião do Concílio Administrativo Executivo do Presidente, sendo realizada na sede denominacional, em vez de outro local fora.

 

-Retardar a implementação de um sistema de administração de documentos.

 

Lemon anunciou que a construção da rede de TV Adventista/Canal Hope prosseguirá por causa de contratos já assinados, o que seria custoso suspender.

 

Ele também anunciou que o congelamento em contratações e redução de orçamento de viagens não se aplicaria ao Serviço de Auditoria da Associação Geral, uma entidade que teria doutro modo que contratar auditores externos para completar as auditorias.

 

As restrições ocorrem um mês após a Comissão Executiva ter votado conceder à Comissão Administrativa a capacidade de suspender a implementação de alguns aspectos dos orçamentos.

 

A Comissão Executiva conduzirá uma revisão de monta das restrições em 17 de fevereiro, com relatórios subsequentes a cada dois meses seguintes.

 

Oficiais financeiros da denominação têm monitorado continuamente a situação econômica. Em setembro, o gerente de investimentos da Igreja, Roy Ryan, disse que a Igreja não está alterando a sua estratégia de investimento, mantendo uma metodologia conservadora de longo termo para fundos de aposentadoria.

 

“O Senhor e o Seu povo são imensamente fiéis, mesmo quando defrontam situações difíceis”, disse o presidente mundial da Igreja, Jan Paulsen, na reunião de segunda-feira. “Assim, avançaremos para o futuro com segurança, mas ao mesmo tempo com um senso de responsabilidade de que temos sido prudentes e cuidadosos. Louvamos ao Senhor e somos privilegiados em servi-Lo, também em tempos difíceis”, ele disse.

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