A Igreja Adventista desejava lidar com o uso de drogas entre os jovens—tanto dentro como fora da Igreja—e cria que uma metodologia cooperativa usando ambiente positivo era o melhor método.

“Pergunte a um jovem, ‘As drogas são más?’ Eles dirão ‘sim’. Mas o que você faz quando está solitário?” pergunta a Dra. Kathleen Kuntaraf, médica e diretora associada dos ministérios de saúde da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

“Você não pode dizer a um adolescente para amar—eles não sabem como. Por natureza eles diminuem uns aos outros por causa da insegurança. Assim, com este curso eles estão seendo aceitos com honra, dignidade e respeito como filhos de Deus, e tendem a unir-se no fim de semana”, diz.

A conferência de treinamento da Juventude Viva, um seminário de seis dias, baseia-se no programa original Jovem Para Jovem, criado pela Dra. Patricia B. Mutch, dos ministérios de saúde da Igreja para criar influências positivas entre os jovens. Foi relançado em 2001 sob o seu novo nome com um esforço cooperativo dos departamentos da família, de saúde, de jovens e de educação.

Conquanto não seja um programa para tratar os que abusam de drogas, Kuntaraf diz que visa a prevenir que terminem se envolvendo. Ela explica que muitas pessoas usam drogas para escapar de seus problemas. “Este programa vai além das drogas, para os sintomas”, aduz.

As regras do Jovens Vivos não permitem conversas ou atitudes que diminuam as pessoas. O seu propósito é edificar relações de amizade entre os jovens. Estes se dividem em “grupos de amizade” de não mais do que 12 membros. “Geralmente leva uns poucos dias para que os jovens comecem a sentir-se integrados”, diz Kuntaraf. “Não posso dizer quantas vezes vi mudanças no rosto de alguém. Alguns participantes caminham pelo corredor depois, abrem os seus cadernos de cumprimentos, lêem um pouco, fecham-no e continuam caminhando. Eles se sentem tão felizes por serem apreciados.

“Outros jovens ouvem a respeito deste programa e desejam a ele se unir. As pessoas desejam estar nesse ambiente em que são apreciadas”, explica Kuntaraf.

Ela diz que o programa de Jovens Vivos mais bem sucedido deu-se na Mongólia do qual participaram 204 jovens—a maioria não membros da Igreja Adventista. Fizeram-se presentes também os dois primeiros adventistas na Mongólia. Hoje há 5524 adventistas—95 por cento jovens—na Mongólia, o índice de crescimento mais rápido para qualquer país onde exista a Igreja Adventista.“Há 100 por cento de crescimento cada ano, e na maioria são jovens”, comenta Kuntaraf.

Um clube local de Juventude Viva pode ser incorporado a qualquer programa existente de jovens, mantendo o ambiente de “ligação com Deus e uns com os outros”, que são os dois fatores vitais que protegem os jovens que se envolverem em comportamentos de alto risco, segundo Kuntaraf.

O Juventude Viva tornou-se um programa contínuo nas Filipinas desde que foi ali introduzido e também passou a ser aplicado em quase cada distrito local da região Euro-Ásia da denominação este ano, segundo Nadezhda A. Ivanova, diretora de ministérios de saúde para a Igreja nessa região. O programa ali geralmente envolve 150 a 200 adolescentes.

“Tenho testemunhado uma notável mudança em nossos jovens pelo fim do program”, diz Ivanova. “Não somente é esta uma ação preventiva contra drogas, mas também um modo de ajudar nossos adolescentes a aprenderem mais a respeito de si próprios, melhorando o seu relacionamento com outras pessoas e desenvolver habilidades de liderança”. A próxima sessão de Jovens Vivos será realizada em Hong Kong de 5 a 11 de julho de 2004.