O tempo urgia, os ensaios eram frequentes, os membros do elenco exigiam atenção e os jovens mostravam afeto e pediam autógrafos. Nos dias que antecederam a produção, o elenco de 83 membros vinha mostrando lentamente o inspirador musical que apresentariam no sábado, 5 de agosto de 2023, último dia do Campori de Desbravadores da Divisão Intereuropeia (DIE).
“Será que vou me lembrar de tudo o que tenho que dizer?”, perguntava Saray Vega, de 42 anos, diretora de ‘Jesus, o musical’, junto ao seu diretor de comunicação, Alexandre Antón. Dá para perceber que ela é perfeccionista, atenta aos detalhes, uma característica indispensável quando se juntam no palco música, luzes, vestuário e pessoas de forma artística e harmoniosa.
A ideia de fazer um musical sobre a vida de Jesus começou quando Saray ouviu pela primeira vez o CD “Jesus” do grupo Canta y Ríe em 2015. Ela imaginou essas grandes canções ganhando vida através de um musical. Em 2013, a comunidade da Igreja Adventista de língua espanhola em Genebra já havia representado o musical ‘O príncipe do Egito’, sobre a vida de Moisés. Ela sabia que, com as pessoas talentosas que tinham em sua igreja, poderiam criar algo grande com essas canções “e compartilhar a vida de Jesus, com o objetivo de levar a sua mensagem às pessoas de uma maneira contemporânea”.
Com o apoio do marido, Antonio González (diretor técnico), Saray, enfermeira de profissão, embarcou na tarefa de criação, organização e liderança, atraindo a colaboração de amigos, vizinhos e membros das igrejas da região de Genebra. Entre eles estavam Renée Reynolds (diretora vocal e musical), Eloi Comabella (produção audiovisual e design gráfico), Luis Antón (coreografia e encenação), Noemí Aloy (logística, vestuário e adereços) e Ana Antón (coreografia e encenação), que foram os assistentes que dirigiram a talentosa equipe em uma missão.
O ponto de encontro foi a Universidade Adventista da França (Campus Adventiste du Salève), onde ocorreram os ensaios, a preparação dos materiais e a logística. “Estamos muito agradecidos ao campus. Tornou-se o lar de onde saímos para compartilhar Jesus”, afirmou Saray. O grupo contava com membros de 23 países (da Argentina à Polinésia; da Alemanha à Zâmbia) de diferentes idades, interesses e profissões, todos unidos com o propósito comum de fazer com que os espectadores conhecessem melhor Jesus e sua história.
E eles cumpriram esse propósito. Após traduzir a letra para o francês e criar a coreografia, atuaram várias vezes na região de Genebra, com mais de 2 mil pessoas ouvindo-os cantar e vendo-os representar a vida de Jesus em 2016 e 2017.
Saray esteve atenta a cada detalhe, “porque Jesus merece”, explicou. Mais tarde, horas após a entrevista, no campus da Universidade Adventista de Friedensau (Alemanha), ela ainda reiterou: “Por favor, não te esqueças de algo muito importante, anote que foi o convite do departamento de Jovens da Divisão Intereuropeia que tornou possível traduzir e adaptar o musical para o inglês”.
Saray reafirmou o que disse na entrevista: que foi um enorme privilégio para o grupo ser convidado para o campori para atuar diante de tantos jovens que querem louvar a Jesus.
“Somos abençoados e estamos muito agradecidos!”, concluiu Saray. Sim, Saray, escreveremos. Todos nós, especialmente os Desbravadores, também estamos muito agradecidos.
Veja o evento de sábado à noite, Jesus, o musical, aqui.
A versão original deste artigo foi publicada pelo site da Divisão Intereuropeia.