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Adventistas são chamados ‘o grupo religioso mais racialmente diversificado nos EUA’

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Líderes adventistas dizem que os resultados da pesquisa Pew refletem a missão da Igreja para preparar todas as pessoas para a volta de Jesus.

Não se preocupe se tiver que entrar numa igreja adventista do sétimo dia nos Estados Unidos, onde o inglês não é a primeira língua utilizada. Provavelmente, você está adorando numa das congregações adventistas cada vez mais típicas em todo o país.

Os adventistas do sétimo dia são o grupo religioso mais racial e etnicamente diversificado nos Estados Unidos, de acordo com um relatório divulgado segunda-feira pelo Pew Research Center [Centro de Pesquisas Pew], uma respeitada organização não-partidária em Washington.

“Trinta e sete por cento dos adultos que se identificam como adventistas do sétimo dia são brancos, enquanto 32 por cento são negros, 15 por cento são hispânicos, e 8 por cento são asiáticos, e outros 8 por cento são de outras raças ou de raças mistas”, Michael Lipka, um editor do Centro Pew que dá enfoque sobre religião, escreveu no relatório.

A análise, com base em dados fornecidos pelo Estudo do Panorama Religioso de 2014, considerou a composição racial e étnica dos 29 principais grupos religiosos. Grupos raciais e étnicos foram divididos em cinco categorias: brancos, negros, hispânicos de todas as raças, asiáticos, e outras raças e mestiços americanos.

Depois de computar os dados, a instituição Pew atribuiu aos adventistas do sétimo dia uma pontuação de 9,1 no Índice de Herfindahl-Hirschman, bem acima da média nacional de 6,6, onde 66 por cento da membresia da Igreja é de brancos. O grupo religioso menos diversificado nos Estados Unidos, de acordo com o relatório, é a Convenção Batista Nacional, uma denominação tradicionalmente de negros que recebeu uma pontuação de 0,2.

Gary Krause, diretor do Escritório de Missão Adventista para a Igreja Adventista a nível mundial, disse que a própria missão da Igreja de preparar todas as pessoas para a segunda vinda de Jesus apelava à diversidade. “Não somos uma igreja americana. Não somos uma igreja africana ou asiática. Não somos uma igreja europeia”, disse Krause. “Somos um movimento mundial com a missão para todos os grupos de pessoas”.

Ele fez observar que a Igreja Adventista opera em 215 países e territórios. “Mas não estamos felizes com isso porque a lista das Nações Unidas traz 22 mais onde não estabelecemos trabalho”, disse Krause, cujo escritório coordena e fornece financiamento para o trabalho da missão global da Igreja. “Somos todos filhos de Deus, e gostamos de acolher pessoas de todas as raças em nossa família”.

Nos Estados Unidos, a Igreja Adventista tem crescido mais diversificadamente desde 2007, de acordo com um relatório semelhante do Centro Pew realizado naquele ano. Em apenas sete anos, o número de adventistas brancos diminuiu 6 pontos percentuais, passando de 43 por cento para 37 por cento, enquanto o número de adventistas negros aumentou em 11 pontos, de 21 por cento para 32 por cento. Membros asiáticos cresceram 3 pontos percentuais, passando de 5 por cento para 8 por cento, e os adventistas na categoria de outras raças e raças mistas duplicou, passando de 4 por cento para 8 por cento.

A margem de erro, tanto para o relatório de 2007 quanto para o novo relatório, é menos de um ponto percentual, Katherine E. Ritchey, gerente de comunicações do Centro de Pesquisa Pew, disse à ‘Adventist Review’.

Daniel Weber, diretor de comunicação para a Divisão Norte-Americana da Igreja Adventista, disse que os 1,2 milhões de adventistas nos Estados Unidos são um reflexo direto da membresia de 18,5 milhões da Igreja a nível mundial e está crescendo.

“Como a nossa igreja tem crescido no exterior e está representada em quase todos os grupos de cultura, raça e língua, essa mesma diversidade também mudou na América do Norte, porque as nossas experiências com diferentes culturas no exterior nos permitem ser mais eficazes para atingir as diversas populações em crescimento aqui”, disse Weber. “A Comissão Evangélica chama-nos para alcançar todas as pessoas de todas as culturas”.

A Igreja Adventista a nível mundial não tem realizado pesquisas unicamente quanto a sua diversidade. Mas as conclusões de um levantamento geral inédito de 2013 dos norte-americanos membros da Igreja, que incluía perguntas sobre etnia, ajustou-se plenamente ao novo relatório do Pew, disse David Trim, diretor do Escritório de Arquivos, Estatística e Pesquisa da Igreja a nível global.

Trim não ficou surpreso com o relatório da Pew dizendo que a Igreja Adventista como um todo é muito acolhedora de todas as pessoas, e sua mensagem enfatiza pontos em comum, tais como uma comunidade em Cristo e a esperança na segunda vinda ao invés de diferenças. “Temos uma identidade que transcende as diferenças nacionais e étnicas—e isso não é verdade para todas as Igrejas”, acentuou Trim. 

O relatório Pew define uma denominação como racialmente diversa se nenhum grupo racial ou étnico ascende a mais de 40 por cento de seus membros adultos. Apenas dois outros grupos religiosos se encaixam nessa definição: muçulmanos (com uma pontuação de 8,7) e Testemunhas de Jeová (8,6), que ficaram na segunda e terceira posições, respectivamente, após os adventistas.

O Índice de Herfindahl-Hirschman usado pela Pew é uma medida comumente aplicada aos estudos de segmentos de mercado, entre outras áreas. Geralmente é usado para contrastar monopólios contra empresas que enfrentam menos competição.

Na outra extremidade do espectro do índice, os grupos menos etnicamente diversificados tendem a ser denominações onde a maioria dos seus membros ou é composta em sua maioria de brancos ou quase toda de negros.

O relatório inclui três subgrupos de pessoas que não são religiosamente afiliadas: ateus, agnósticos e “nada em particular”. Todos os três grupos são formados principalmente por brancos.

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