Duas primeiras bênçãos nas bem-aventuranças (o que Jesus nos ensina?) - Pastor Ted Wilson

Neste episódio, o pastor Ted Wilson fala sobre as duas primeiras bem-aventuranças que Jesus mencionou no Sermão do Monte.

"Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo: ‘Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados’” (Mateus 5:1-4).

Mas como alguém pode ser bem-aventurado quando é pobre de espírito ou está de luto?

Ellen White nos dá uma visão em “O Maior Discurso de Cristo”, dizendo: “Aquele que se julga são, que pensa ser razoavelmente bom e se satisfaz com o seu estado, não procura tornar-se participante da graça e justiça de Cristo. O orgulho não sente necessidade, fechando, pois, o coração a Cristo e às bênçãos infinitas que Ele veio dar. Não há lugar para Jesus no coração dessa pessoa...Presumem estar cheios, por isso se retiram vazios. Os que sabem que não se podem salvar a si mesmos, nem de si praticar qualquer ação de justiça, são os que apreciam o auxílio que Cristo pode conceder. São eles os humildes de espírito, aos quais Ele declara bem-aventurados...Aquele a quem Cristo perdoa, faz Ele primeiro penitente, e é função do Espírito Santo convencer do pecado” (página 7).

Assim, ao mencionar os "pobres de espírito”, Jesus se refere àqueles que sentem a necessidade dEle e entendem que não há nada de bom em si mesmos. Isso contrasta com aqueles que afirmam: “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Apocalipse 3:17).

Para essas pessoas egocêntricas e autossuficientes, Jesus diz: “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas" (versículo 18).

De fato, os pobres de espírito são bem-aventurados. Quando percebermos nossa necessidade de Deus e confessarmos isso a Ele, Ele derramará Suas bênçãos sobre nós e o reino dos céus será nosso.

E os "que choram"?

Ellen White diz em “O Maior Discurso de Cristo” que “o pranto aqui apresentado é a sincera tristeza de coração pelo pecado...E ao contemplarmos Jesus levantado sobre a cruz, discerniremos o estado pecaminoso da humanidade. Vemos que foi o pecado que açoitou e crucificou o Senhor da glória. Vemos que, ao passo que somos amados com indizível ternura, nossa vida tem sido uma contínua cena de ingratidão e rebelião Separamo-nos de Deus por um abismo de pecado, extenso, negro e profundo, e choramos com coração quebrantado”. Esse “pranto”, diz ela “será consolado” (páginas 9 e 10).

Com isso, podemos ver que Deus nos revela nossa culpa para que possamos nos achegar a Ele, confessar nossos pecados e entregar nossos fardos aos pés da cruz. Então, seremos consolados.

Ellen White continua em “O Maior Discurso de Cristo”: “A cada ferido Se achega Jesus com Seu poder curativo. A vida de privação, dor e sofrimento pode ser iluminada pelas preciosas revelações de Sua presença. Não é vontade de Deus que nos mantenhamos subjugados pela muda tristeza, coração ferido e quebrantado. Ele quer que olhemos para cima e Lhe contemplemos a serena face de amor. O bendito Salvador Se põe ao lado de muitos, cujos olhos estão tão cegados pelas lágrimas, que nem O discernem. Deseja tomar-nos pela mão, e que O olhemos com fé simples, permitindo que Ele nos guie. Seu coração abre-Se às nossas dores, tristezas e provações...Podemos fazer descansar sobre Ele o coração e meditar o dia todo em Sua amorável benignidade. Ele erguerá a alma acima dos diários dissabores e perplexidades, a um reino de paz" (página 12).  

Para saber mais sobre este tópico, leia o livro “O Maior Discurso de Cristo”, de Ellen White e visite https://egwwritings.org/.