Mais de 260 pessoas morreram e outras 58.362 foram desalojadas por um terremoto de magnitude 5,6 que abalou a Indonésia, nação propensa a terremotos, na segunda-feira. Segundo as autoridades locais, o epicentro do terremoto situou-se a cerca de 75 quilômetros a sudeste de Jacarta, capital da Indonésia, perto de Cianjur, no oeste de Java. O terremoto, que ocorreu a uma profundidade de 10 quilômetros, ainda está sendo investigado pelas autoridades para estabelecer a extensão total de sua devastação. Mais de 25 tremores secundários foram detectados pela Badan Meteorologi, Klimatologi, dan Geofisika da Indonésia (BMKG – Meteorologia, Climatologia e Agência Geofísica). As autoridades locais afirmam que uma linha de falha na região norte de Cimandiri, que ainda não foi documentada, causou esse terremoto.
O número de mortos está aumentando a cada momento à medida que as atividades de busca e resgate começaram, de acordo com uma avaliação imediata da situação pela ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) da Indonésia. As cidades de West Javan com as maiores taxas de mortalidade relatadas estavam localizadas nos subdistritos de Cilau, Cianjur e Cugenang. A Indonésia é um país que se encontra ao longo do Círculo de Fogo do Pacífico, onde numerosos sismos e vulcões resultam frequentemente da colisão de várias placas da crosta terrestre.
Desde o tremor secundário, as pessoas ainda relutam em permanecer em suas casas danificadas. Vários locais estão sofrendo deslizamentos de terra, cortando o acesso parcial a Cianjur. O número de casas severamente, moderadamente e levemente danificadas ainda está sendo verificado pelas autoridades locais. Vários edifícios governamentais, locais de culto e escolas sofreram danos devido a esta calamidade natural. Devido à queda de eletricidade e conexões de comunicação, os esforços de comunicação são atualmente difíceis e inacessíveis.
Funcionários do governo já montaram tendas comunitárias e cozinhas abertas para as famílias deslocadas nas áreas ao redor da cidade. Os subdistritos afetados ainda não formaram locais de evacuação para as famílias deslocadas. Algumas famílias afetadas optaram por construir barracas improvisadas em áreas públicas ou perto de suas casas danificadas usando lona.
Os dados foram coletados pela ADRA de igrejas locais, ONGs, grupos de WhatsApp administrados pelo governo e reuniões online, incluindo aquelas com o grupo logístico liderado pelo Badan Nasional Penanggulangan Bencana (oficialmente, a Agência Nacional de Gerenciamento de Desastres). O pessoal da ADRA de Jacarta foi enviado para examinar a situação e identificar as famílias muito afetadas que estão em maior risco. ADRA Indonésia se prepara para distribuir kits de abrigo como uma resposta inicial aos distritos afetados.
"ADRA já está no local, trabalhando com o governo local, outros parceiros confiáveis e igrejas para avaliar rapidamente a situação. As equipes de resposta de emergência da ADRA são enviadas para as áreas mais atingidas para identificar e ajudar famílias e indivíduos vulneráveis. Nosso escritório no país começará a distribuir kits de abrigo para que os membros da comunidade possam construir ou melhorar tendas de emergência perto de suas casas. A ADRA também planeja lançar uma campanha educacional de segurança e proteção para informar as famílias sobre os riscos de tremores secundários e deslizamentos de terra", disse Elizabeth Tomenko, gerente sênior do programa de emergência para a ADRA Internacional.
A aldeia de Rancagoong, no subdistrito de Cilau, a aldeia de Limbagansari, no subdistrito de Cianjur, e a aldeia de Cijedil, no subdistrito de Cugenang, são os locais mais afetados. Por causa desse tremor secundário significativo, as pessoas hesitam em permanecer em suas casas danificadas.
Mais tendas, equipamentos de terraplanagem, geradores de eletricidade, kits de cama, kits de abrigo e gasolina estão sendo solicitados pelo governo local de Cianjur. ADRA Indonésia está se preparando para fornecer kits para ajudar as famílias afetadas a construir ou melhorar as tendas de emergência que atualmente têm perto de suas casas. As avaliações mostram que as famílias deslocadas precisam imediatamente de kits de abrigo para barracas familiares, barracas individuais, kits de cama, cozinhas públicas, grupo gerador, unidades de saúde e médicos.
O artigo original foi publicado pelo site da Divisão Sul-Asiática do Pacífico.