A instituição no campus da Universidade Adventista da África Central será uma Faculdade de Medicina denominacional
Ted N. C. Wilson, presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, lançou a pedra fundamental de uma nova escola de medicina em Ruanda, que os líderes da Igreja declararam que poderia se tornar uma joia da coroa da educação médica adventista.
Wilson, usando um capacete branco e amarelo e colete de trabalhador em construção, depositou cimento molhado num buraco quinta-feira na cerimônia de colocação da pedra fundamental para o complexo de U$ 6,1 milhões no campus Masoro da Universidade Adventista da África Central (AUCA) em Kigali, capital de Ruanda.
A primeira fase do curso de Medicina, que abrange a construção de dormitórios de mulheres e dos homens, um refeitório e uma casa de hóspedes, está programado para abrir para os alunos em setembro de 2017. As aulas serão realizadas num centro de ciência ultramoderno que foi aberto no campus no ano passado.
“Os alunos que saírem deste lugar não vão apenas receber um diploma para atribuir-lhes uma orientação profissional para a vida”, disse Wilson num discurso para os ministros de Educação e de Saúde de Ruanda e outros dignitários no futuro canteiro de obras. “Eles vão receber um diploma para seguirem os passos de Jesus. Jesus é o Bom Samaritano. Jesus é o Mestre dos mestres. Jesus é o médico-Mestre. E Jesus é o nosso Salvador”.
Convidados de toda Ruanda, Divisão da África Centro-Oriental da Igreja com sede em Nairobi, no Quênia, e da sede mundial da Igreja Adventista, no estado de Maryland EUA, reuniram-se sob duas grandes copas de árvores no campus cuidadosamente tratado da Universidade Adventista da África Central para a cerimônia.
Lisa Beardsley-Hardy, diretora do departamento de educação da Igreja Adventista a nível mundial, disse que a escola médica seria a sétima operada pela Igreja Adventista e pode sobressair-se através de um trabalho conjunto com outras escolas.
A Igreja Adventista também opera escolas de medicina em universidades adventistas em Montemorelos, Nuevo León, México; Libertador San Martín, Entre Rios, Argentina; Ñaña, Lima, Peru; Silang, Cavite, Filipinas; e sua escola principal em Loma Linda, Califórnia, EUA.
“Esta pode muito bem ser a joia da coroa na educação médica adventista, com base em mais de 150 anos de experiência em educação médica e na promoção do ministério de cura de Jesus Cristo”, disse Beardsley-Hardy.
Ela leu cartas de felicitações de Richard Hart, presidente da Universidade Loma Linda Saúde e Adventist Health International, e Peter Landless, diretor do departamento de Ministérios de Saúde da Igreja Adventista a nível mundial.
“A Universidade Loma Linda Saúde e a Adventist Health International estão empenhadas em trabalhar com a AUCA neste importante projeto”, Hart disse em sua carta. “Uma escola médica de qualidade, com a orientação e afiliações certas pode ser um grande impulso para os hospitais e clínicas adventistas em toda a África”.
Tanto o Departamento de Saúde e o Departamento de Educação prometeram fundos para o projeto. Beardsley-Hardy disse que ela e seu marido, Frank Hardy, que estava presente na cerimônia, estavam também fazendo uma doação pessoal.
Blasious M. Ruguri, presidente da Divisão África Centro-Oriental e reitor da Universidade, disse que a instituição estava se preparando para uma enxurrada de estudantes de Medicina de toda a África e talvez da Europa e América do Norte também.
Uma classe inicial de 30 estudantes de enfermagem serão inscritos, mas é esperado que a escola médica treine cerca de 450 alunos por ano quando atingir capacidade plena, disse o vice-reitor da Universidade, Ndahayo Claver, à “Adventist Review”. A primeira fase de U$ 6,1 milhões será seguida por fases futuras que incluem laboratórios de anatomia e um hospital, a um custo de U$ 20 milhões a U$ 30 milhões.
O ministro da Educação, Papias Musafiri, que vinha de uma grande reunião de três dias do Fórum Econômico Mundial em Kigali para participar da cerimônia, chamou a faculdade de Medicina um passo positivo em direção ao desenvolvimento do seu país. Ele expressou a esperança de que seria convidado a voltar em breve para a inauguração da primeira fase.
“Nós lhe somos gratos, presidente da Associação Geral e liderança da Igreja Adventista do Sétimo Dia, por sua grande decisão em trazer esta faculdade de Medicina para Ruanda”, disse ele.