Novo oficial da denominação ainda envia 'tropas de choque'

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Vinte anos atrás, Vincent descobriu um método de testemunho para membros que funciona melhor do que suborno

O Pastor Patrick Vincent esteve uma vez tão desesperado para levar seus paroquianos a evangelizar seus amigos sem religião que recorreu até a pagamentos a eles.


Ao lembrar-se do episódio agora, o faz com certo embaraço, mas sua paixão por evangelismo levou-o a buscar novas idéias. Vinte anos atrás, ele finalmente descobriu um método de êxito, que em oito anos tem ajudado a Igreja Adventista de Monte Calvário, em Tampa, Fla., a aumenter a sua membresia para além da capacidade do edifício—as equipes de conquistadores de almas.


A sigla SWAT é usada nos meios militares para tropas especiais de ataque, e foi a que usou para designar essa equipe, com base no nome completo Soul Winning Action Teams (equipes de ação de conquista de almas).


O conceito é o de um sistema abrangente de equipes de membros da Igreja que fazem qualquer coisa razoável para conseguir que as pessoas vão à Igreja uma primeira vez. Conquanto os programas da congregação atendem aos membros já existentes, a maioria de seus elementos visam aos visitantes de primeira vez (o que inclui os recepcionistas escolhidos cuidadosamente para a entrada, até as palavras de encerramento do sermão).


Alguns líderes, tanto da Igreja Adventista quanto da sede denominacional mundial e do escritório administrativo da região sul dos EUA, têm empregado o método SWAT, chamando-o “uma maneira natural de conseguir o crescimento da Igreja”. Conquanto reconheçam que nem toda igreja careça de equipes de treinamento nos sábados à tarde para evangelismo, os líderes dizem que uma igreja saudável tem um plano para testemunho em andamento.


Vincent, de 60 anos, que possui um doutorado em pregação e culto pela Universidade Vanderbilt, de Nashville, Tennessee, é conhecido por ficar às vezes tão animado enquanto prega que até tira os sapatos. Ele diz que isso aumenta o fluxo sanguíneo, ajudando-o a pensar melhor.


Várias semanas atrás ele foi eleito secretário executivo da Associação do Sul da Flórida, a sede administrativa para as igrejas da região, historicamente composta de negros. Ele concedeu uma série de entrevistas à Rede Adventista de Notícias sobre a necessidade de equipes SWAT. Eis alguns trechos das entrevistas:


Rede Adventista de Notícias: Por que envia equipes SWAT?


Vincent: O enfoque primário do evangelho é de que os pecadores sejam levados a Cristo. A Bíblia dá instrução de ir ao campo. Não há uma instrução quanto aos perdidos irem para a igreja.


ANN: Muitas igrejas confiam num pastor que conduza o evangelismo. Por que mantém essas equipes em parceria com o irmão?


Vincent: A razão básica por que as pessoas entram pela porta da frente e saem pela porta de trás é que as massas de membros têm muito pouco ou nada para tratar com as pessoas que vêm à igreja. Mas se as pessoas forem ativas em trazer almas para a igreja, isso representa seu tempo, seu sangue, seu suor, suas lágrimas, seus jejuns, seu sacrifício. Tão logo elas desapareçam, irão em busca delas. Mas se você se assenta na igreja e alguém une-se à igreja e você não tem investimento nessa pessoa, se elas desaparecerem, você não estará motivado a fazer isso.


ANN: A quem está tentando fazer com que as equipes SWAT atraiam para a igreja?


Vincent: Nosso enfoque são os não-adventistas de outras igrejas. Não buscamos edificar nossa igreja à base de pessoas que já são adventistas. Nossa meta não é transferir crescimento. Nosso real enfoque está no crescimento de conversões—pessoas que são doutrinariamente convertidas. Em segundo lugar, damos enfoque à conversão original—pessoas que nunca aceitaram a Jesus como seu Salvador. Descobrimos que esse é o maior número de pessoas que estão por aí.


ANN: Que proporção de membros de sua Igreja está numa equipe SWAT?


Vincent: Cerca de 10 por cento estão ativamente engajados.

ANN: Por que faz com que os membros da equipe SWAT contribuam com cinco dólares para o treinamento de cada semana?


Vincent: Bem, pelo fato de que a Bíblia diz que onde está o tesouro de um homem, aí estará o seu coração. Se eles colocam o seu tesouro ali, é mais fácil fazer com que os seus corações sejam envolvidos.


ANN: Cada sábado há pelos menos uma dúzia de pessoas na igreja pela primeira vez, as quais as equipes de SWAT lutaram para convencer a vir. Como parece a um pregador ter esse tipo de responsabilidade no púlpito?


Vincent: Bem, é uma responsabilidade de um Hércules porque cada sábado que você se levanta para pregar tem consciência de que há pessoas ali que estão numa posição e prontas para tomarem uma decisão por Cristo. . . . Eu digo aos meus membros, “Apenas os tragam para a igreja, o resto é responsabilidade minha e de Deus cada sábado”.


ANN: Por que sempre requer um apelo ao altar, mesmo da parte de seus pregadores visitantes? Que significação há em fazer conversos virem à frente ao final do culto?

Vincent: Todos a quantos Jesus convidou, Ele o fez publicamente. Creio que a igreja no seu início foi a Igreja no que havia de melhor. Quando Pedro se levantou no dia de Pentecoste ele fez um apelo público. Mesmo ao considerar as apresentações de pregação de Paulo e outros apóstolos eles sempre concluem fazendo um apelo. Assim, quando as pessoas vêm à frente, anunciamos os seus nomes e eu chamo alguém da congregação e publicamente atribuo o membro ao novo converso no mesmo instante. Temos uma lista de coisas para o guardião espiritual supervisionar. . . . Eu dou uma cópia dessa informação à pessoa sendo recomendada, bem como ao novo converso. Buscamos adicionar alguém à Igreja cada sábado em que nos reunimos. Isso cria um senso de emoção e expectativa em termos do Senhor adicionando a sua igreja.


ANN: O irmão comentou que recebe em torno de 60 convites por ano para ensinar seminários SWAT pelo país. Por que só aceita 12?


Vincent: Eu tenho apenas um período limitado de tempo. É difícil para mim fazer a minha igreja crescer e a de alguém mais ao mesmo tempo.


ANN: Alguma sugestão para outros pastores que realizam o evangelismo?


Vincent: Eles têm que encarar suas igrejas como um centro evangelístico. Cada sábado que vão aos púlpitos, precisam utilizar a igreja não só como uma base de evangelismo, mas como um lugar para evangelismo.

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