Sob o novo programa de alfabetização, a Igreja Adventista do Sétimo Dia em Moçambique formou parceria com a liderança nacional para enfrentar o sério problema do analfabetismo no país, inclusive entre adventistas recém-batizados.
Sob o novo programa de alfabetização, a Igreja Adventista do Sétimo Dia em Moçambique formou parceria com a liderança nacional para enfrentar o sério problema do analfabetismo no país, inclusive entre adventistas recém-batizados.
Um acordo assinado em 20 de novembro pelo diretor de Educação da denominação, Miguel Simoque, e Maria da Conceição Bila, secretária do Ministério de Educação de Moçambique, é uma tentativa de aumentar os índices de analfabetismo, que afeta 47 por cento da população.
Por ocasião da assinatura, Bila fez observar a ênfase adventista por todo o mundo em educação. Com a parceria, “estamos dizendo que desejamos aprender e crescer com os adventistas”, declarou Bila.
“A Igreja tem crescido rapidamente entre recentes migrantes à cidade, muitas vezes mais depressa do que os edifícios de templos são erigidos”, disseram dirigentes da Igreja num esboço para o Programa de Alfabetização de Moçambique, que deve começar em janeiro. O lançamento da campanha incluirá 20 centros de alfabetização por todo o país.
O analfabetismo entre novos adventistas é “plenamente evidente”, prossegue o esboço do programa, instando a campanhas que “capacitem [esses novos adventistas] a avançarem para a corrente da vida da igreja e para mais ativa participação na economia”.
Dirigentes da Igreja em Moçambique relatam que a guerra do país por independência, começando em 1962, e as guerras civis que se seguiram, deixou a infra-estrutura educacional arruinada, resultando em pelo menos duas gerações sem um sistema educacional funcional.
Os conflitos e inquietação civil também conduziram a migrações maciças às periferias das áreas urbanas, particularmente sua capital, Maputo. Ali, dizem oficiais da Igreja, muitas famílias de fazendeiros de subsistência?não mais capazes de exercer suas atividades agrícolas para o sustento?se acumulam em favelas com barracos feitos de tijolos de barro, telhas de palha e folhas de lata.
Hoje, menos da metade da população nacional e menos de um terço das mulheres moçambicanas sabem ler e escrever. Nas áreas rurais, a estimativa é de que 81 por cento das mulheres sejam analfabetas.
Pelo acordo de novembro, a Igreja Adventista é responsável por dirigir e propiciar pessoal para os centros de alfabetização por todo o país, que se localizarão em templos adventistas recém edificados. Os dirigentes da Igreja planejam contratar um número inicial de 700 funcionários. O Ministério de Educação de Moçambique treinará o pessoal e estocará os centros com materiais didáticos de alfabetização. “Estamos orando para que Deus encontre recursos não só para 20, mas para 200 instalações até o ano 2.010”, disse Simoque durante a cerimônia de assinatura.
Simoque e outros líderes da Igreja disseram que antecipam que o programa não só melhorará a alfabetização em Moçambique, como também formará um forte relacionamento entre os membros da Igreja e as comunidades onde vivem.