Líderes da Igreja se reúnem com o embaixador húngaro ante iminente cancelamento do registro de Igrejas

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Líderes da Igreja se reúnem com o embaixador húngaro ante iminente cancelamento do registro de Igrejas

Seminário Adventista poderia ser afetado com implementação de lei em 1o. de janeiro

Líderes de liberdade religiosa da Igreja Adventista do Sétimo Dia reuniram-se esta semana com o embaixador húngaro nos Estados Unidos num esforço para ajudar as autoridades desse país a compreender melhor os efeitos potenciais de um cancelamento iminente de registro de Igrejas.

A Lei de Igrejas, que deve entrar em vigência em 1o. de janeiro, cancelaria o registro de todas as denominações religiosas, menos 14 na Hungria, incluindo a Igreja Adventista. Também poderia afetar potencialmente o seminário teológico da Igreja.

O embaixador da Hungria nos Estados Unidos, Szapary Gyorgy, reuniu-se com oficiais do departamento de Relações Públicas e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista em 12 de dezembro na embaixada húngara em Washington, DC. Embora a lei ainda esteja para ser definida para implementação, os representantes adventistas mais tarde descreveram a reunião como "cordial" e "produtiva".

"Expressamos nossas profundas preocupações ao embaixador Szapary sobre a aprovação da recente Lei de Igrejas na Hungria" e do seu impacto, não apenas sobre a Igreja Adventista, mas muitas outras religiões minoritárias também", disse Dwayne Leslie, diretor assuntos legislativos da denominação. Leslie representou a Igreja Adventista na reunião juntamente com Ganoune Diop, representante da Igreja junto às Nações Unidas.

Diop e Leslie apresentaram ao embaixador uma visão geral da denominação internacional e da história e alcance da presença adventista na Hungria. Também explicaram o impacto potencial sobre o Seminário Teológico Adventista em Pécel, perto de Budapeste, que serve a 66 alunos. Oficiais educacionais adventistas haviam anteriormente dito que o seminário é fundamental para proporcionar educação teológica e aconselhamento em idioma e contexto cultural húngaro. "Embora seja pequeno, o seminário atende às necessidades da Igreja na Hungria para pastores e teólogos, assim como para conselheiros sobre estilo de vida e vida familiar", disse Mike Lekic, um diretor-associado de Educação da Igreja Adventista.

Na sequência da reunião de segunda-feira, Diop disse que o embaixador foi gentil e receptivo às questões apresentadas pela Igreja Adventista. "A reunião constituiu uma excelente oportunidade para o diálogo -- afirmamos claramente as nossas preocupações, e ouvimos a perspectiva do governo húngaro", disse ele.

Quando a nova lei, votada em julho, entrar em vigor no próximo mês, vai retirar a condição legal de todas as Igrejas, menos 14 religiões "históricas". As religiões minoritárias devem, então, solicitar novo registro ao Parlamento húngaro.

Desde que a legislação foi aprovada, a Hungria tem ressaltado que a medida não era "anti-religião", mas sim um meio legislativo de acabar com as organizações fraudulentas operando por detrás da proteção da religião. Advogados de liberdade religiosa em todo o mundo, no entanto, criticaram a lei, chamando-a de interferência estatal desnecessária na religião e um revés para os direitos humanos na Hungria. Mais de 300 grupos estão em vias de perder o seu registro, incluindo unitarianos, uma série de comunidades islâmicas e muitas pequenas igrejas protestantes e evangélicas.

Em novembro, Diop e John Graz, diretor de Relações Públicas e Liberdade Religiosa para a Igreja Adventista a nível mundial, reuniram-se em Nova York com o embaixador da Hungria junto à Organização das Nações Unidas para expressar as preocupações da Igreja sobre a situação potencial, não apenas de adventistas, mas de outros grupos religiosos na Hungria, que serão afetados pela nova lei. Leslie e Diop disseram que o departamento de Relações Públicas e Liberdade Religiosa continuará a acompanhar a situação na Hungria e prestará toda assistência solicitada pelos líderes da Igreja local.