Islã: Livro Adventista Gera Grande Interesse

Borge schantz 250

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Um novo livro de um missiólogo adventista do sétimo dia, "Islam Na Mensagem 11/09 do Mundo", tem gerado um interesse enorme em ambos sua versão original em língua dinamarquesa e em uma edição Inglês produzidos pela Imprensa Stanborough na Inglaterra.

Um novo livro por um missiólogo adventista, intitulado “O Islã No Mundo Pós 11 de Setembro”, tem gerado grande interesse tanto na versão original em dinamarquês quanto na edição em inglês, produzida pela Stanborough Press, da Inglaterra. O livro estará disponível mediante as livrarias adventistas nos EUA.

O Dr. Borge Schantz, autor do livro, atuou por sete anos pioneiramente como diretor do “Centro Adventista Para Estudos Islâmicos” e como missionário em nações muçulmanas da África Ocidental e Oriente Médio por 14 anos. O livro teve três edições em dinamarquês e pode em breve entrar em sua segunda edição em língua inglesa.

O livro foi escrito como reação aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, levado a cabo por membros do grupo terrorista Al Qaeda, que reivindicava inspiração no Islã para seus atos.

O Dr. Schantz, que obteve o seu doutoramento em missiologia do Seminário Teológico Fuller, em Pasadena, California, EUA, disse que deseja que os seus leitores obtenham um claro entendimento do que é o Islã—e do que não é.

“Não resta dúvida de que a maioria dos muçulmanos em nosso meio, na Europa e América, são cidadãos pacíficos e respeitadores da lei. Eles desejam ter uma boa vida do mesmo modo como a maioria dos cristãos”, declarou o Dr. Schantz numa entrevista por telefone com a ANN ao encontrar-se em sua casa em Bjaeverskov, Dinamarca. “Em sua teologia e no fundo de sua cosmovisão, contudo, há uma noção de que o Islã com sua rigorosa lei religiosa da sharia devia prevalecer em todas as nações. É uma religião mundial como o cristianismo, e eles desejam espalhar o Islã para todos os povos.

“Entretanto, sua ambição primária é conseguir introduzir a sharia como um código legal baseado na religião em todos os países. Desse modo, um muçulmano será assistido em sua luta contra as tentações e é ajudado em sua meta de entrar no paraíso”, acrescentou.

A lei da sharia é derivada de várias fontes islâmicas: O Corão e as tradições (Hadith) formulados sobre a vida de Maomé, visto como sendo o mais importante. As penalidades enumeradas na sharia são provavelmente as mais rigorosas de qualquer sistema legal. Não só é a pena de morte prescrita para o adultério, como há amputações e mãos e pés para o roubo. Mas há também execuções por apostasia do Islã. Embora ocorram muitas circunstâncias atenuantes nos tribunais islâmicos que permitem o perdão, as leis estritas com suas severas punições ainda vigoram. É considerado como regras de conduta que não podem ser mudadas porque foram instituídas por Alá há mais de 1.000 anos.

A luta por uma minoria de muçulmanos no Ocidente para impor os princípios da lei sharia não está somente criando tensões, como representa uma ampla luta cultural. Pode ser comparada com um hóspede numa casa ditando regras de como esta deve ser governada. As razões, segundo Schantz, são que as leis ocidentais, em contraste com as regras islâmicas, baseiam-se nas tradições judaico-cristãs, com elevado respeito e consideração para com a liberdade individual.

“Um conceito interessante de pecado e salvação entre o cristianismo e o Islã é que os cristãos oram, ‘Não nos deixe cair em tentação’. Ensinamos nossos filhos a evitarem lugares sedutores. No Islã as pessoas e coisas que tentam são destruídas ou removidas. As mulheres se cobrem, as prostitutas são executadas, os ídolos são despedaçados, o álcool, certas publicações e a carne de porco são proibidos” explica o Dr. Schantz . “No Islã você não ora, ‘Não nos deixe cair em tentação’; não se crê num Espírito Santo como guia de sua vida. Simplesmente se transforma a sociedade em tal modo que não haja tentações. Destarte, o caminho do muçulmano para o paraíso se torna mais fácil”.

Esse ponto de vista da lei religiosa e legalismo influencia o entendimento islâmico de pecado e acesso ao paraíso, disse o Dr. Schantz . No Islã não há um real conceito de pecado comparado com o entendimento bíblico. Alá não pode ser afetado ou atingido por qualquer ação humana, explica o Dr. Schantz. “A idéia é simplesmente: ‘Você se esqueceu de seguir minhas regras—é melhor voltar ao caminho’. Não existe um real pedido por perdão—você volta atrás e vive segundo a sharia e os ensinos corânicos.

Prossegue ele: “Numa conversa com um distinguido professor de Islã numa universidade indiana, foi-me explicado que embora o Islã seja uma religião legalística onde a obediência é a condição para a vida eterna, não há garantia do paraíso. Se uma pessoa puder obter o paraíso por atos, ele estaria manipulando a Alá, e isso não é possível. Isso transmite um sentido especial à  palavra árabe ‘in sha’a-llah’, ou ‘oxalá’, se Deus quiser”.

Indagado sobre como os cristãos deviam reagir ante a presença de muçulmanos em sua comunidade, o Dr. Schantz ressaltou o pragmatismo, respeito e evangelismo suave. “Devemos ser justos para com os muçulmanos”, disse ele. “Somos inclinados a comparar o cristianismo ideal ou o adventismo com o modo em que os muçulmanos praticam sua religião. Por seu turno, eles comparam o Islã ideal com a forma como vivemos. A nível pessoal, encontramos pessoas em todas as religiões que enganam seus cônjuges, mentem, roubam, etc. Mas se comparar os ideais, pode dialogar pacificamente. No princípio, acentue alguns poucos pontos de semelhança. Depois, ao estabelecer um relacionamento significativo, as questões cruciais em que haja diferenças podem ser tratadas.

“O que desejo dizer a meus irmãos e irmãs cristãos é que o preconceito contra uma pessoa por causa da cor da pela, raça, sexo, língua e religião não são atitudes cristãs. A caça às bruxas contra muçulmanos individuais devido a atos cometidos em nome do Islã é indigna. Contudo, testemunhar, tentar convencer [outros] sobre ensinos falsos e perigosos e sobre o que crê como verdade divina é um dever cristão. O evangelismo não é um crime odioso”, prosseguiu ele.

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