Um estudo do uso de tecnologia por jovens incluirá ... jovens
Numa conferência de tecnologia, no ano passado, uma apresentação dos usos de tecnologia entre usuários de menos de 30 anos apresentava a falta de algo: dos próprios jovens.
Assim, este ano os organizadores estão se empenhando por trazer um grupo de jovens apresentadores que podem falar com autoridade sobre o assunto.
“Muitas pessoas que participam desta conferência não têm tido oportunidade de ver a que esses jovens estão expostos e contra o que estamos competindo quando produzimos o material”, declarou John Torres, especialista em relações de mídia na sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
“Quanto mais as pessoas se conscientizarem disso, melhor será para a Igreja alcançar essa geração”, declarou Torres.
“Um workshop durante o fórum de Evangelismo Internético Global da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que terá início em 9 de julho e se estenderá até o dia 13, reunirá vários jovens e jovens adultos para ajudarem os líderes da Igreja a entender como muitas pessoas nas gerações mais jovens vivem, empregando recursos de convergência pessoal, seja a Internet ou outras tecnologias.
A conferência, que será a sexta reunião internacional desse tipo, está programada para atrair quase 100 participantes, inclusive profissionais técnicos da indústria, diretores de comunicação da denominação, evangelistas e membros da Igreja interessados em aprender mais a respeito da Internet.
Os organizadores esperam que os líderes denominacionais aprendam mais a respeito dos métodos de se conectar mediante tecnologia e ajustar mensagens eficazes mediante novas mídias.
“Creio que pode haver uma percepção de que a tecnologia impede a interação na vida real. Não estou convencido disso”, declara John Beckett, diretor do Escritório de Software e Tecnologia Gloal. “Creio que o que vemos mais é que as pessoas preferem estar juntas, conversando, mas a tecnologia serve como um substituto quando isso não pode ocorrer”.
O fórum não tem objetivo de inventar novas plataformas para comunicação, declara Bryan Collick, diretor de comunicação internética na sede mundial da denominação, mas promover colaboração no uso de tecnologias já existentes.
“Não nos toca dizer, ‘Existe o MySpace, vamos então criar algo melhor, um “MySpace Adventista”, explica Collick. “Existe o MySpace, então como podemos criar uma presença adventista que se enquadre no escopo aceitável do MySpace, mas ainda tenha nossos valores centrais do que desejamos compartilhar com o resto do mundo?”
“Desejamos entender os tipos de pessoas que vivem deste modo, a fim de que possamos mais eficazmente chegar até elas”.
A conferência deste ano também destacará a primeira atribuição de medalhas, estabelecida este ano pelo Departamento de Comunicação da Igreja para reconhecer contribuições de destaque ao ministério Online em comunicar a mensagem de esperança da IASD.
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O produtor de mídia e orador principal do GIEN desta semana, Paul Kim, declara que quando os adventistas do sétimo dia encontram novas tecnologias muitas vezes fazem perguntas baseadas no temor e desejo de simplesmente pôr mais pessoas nos bancos da Igreja.
Kim, de 30 anos, um produtor de nova mídia para o centro de recursos da Igreja Adventista na América do Norte, está concluindo um mestrado de finas artes em nova mídia de filmagem e eletrônica na Universidade Americana, em Washington D.C.
Eis uma amostra do que Kim diz que planeja falar em seu discurso principal mais tarde nesta semana:
Sobre a definição de “imigrantes digitais” ‘versus’ “nativos digitais”: “O nativo digital é possivelmente uma pessoa mais jovem que cresceu empregando tecnologia pessoal. É parte de seu estilo de vida. Um imigrante digital poderá ser uma pessoa mais velha que é nova no uso dessas tecnologias mais recentes”.
Uma das perguntas geralmente indagadas por administradores: “‘Quais são os perigos dessa nova tecnologia?’ (inspirada no temor) e ‘Quais são as possibilidades?’, essencialmente, como podemos explorar essa nova tecnologia. Eu não tenho nenhum problema por termos essas perguntas levantadas, mas não deviam ser as primeiras. Muitas vezes numa reunião, as pessoas ouvem de algo novo e então dizem: “Bem, o que ocorrerá se ... ” E mesmo, “Bem, como podemos usar isso para pôr mais pessoas em nossas congregações?” A questão de fundo é que esse tipo de pergunta não é a de um usuário nativo. Esse é o seu estilo de vida. [Redes de interação social, como] Facebook ou Linkdln não são ferramentas para evangelizar, apenas formas em que fazem as coisas.
Sobre as perguntas que a Igreja deveria estar fazendo: “Como nos tornamos parte dessa comunidade que é dirigida por pessoas que vivem por esses métodos?” Também, “Como edificamos comunidades em torno dessas pessoas, em vez de dizer-lhes que estão num mundo virtual alienado e que precisam vir unir-se a nós?” Em minha opinião isso é muito antibíblico.
Sobre tecnologia e interações pessoais: “A coisa mais emocionante a respeito dessa geração e tecnologia agora é que há um tipo de regressão e um movimento rumo ao pessoal e experimental. E isso representa boas novas. Temos a geração mais social, a mais conectada, mas essa conexão mediante tecnologia tem somente aumentado o seu desejo de se conectarem pessoalmente”.
Sobre tecnologia e evangelismo: “A interação pessoal deveria sempre ter precedência sobre como evangelizamos—o um-a-um. Evangelismo de massa realmente perde de vista o evangelismo um-a-um que Jesus Cristo exemplicou para nós.
—Ansel Oliver