Igreja Adventista lança grupo de liberdade religiosa na Jamaica

Igreja Adventista lança grupo de liberdade religiosa na Jamaica

Liberdade religiosa na mente de muitos jamaicanos após governo aprovar lei de semana com flexibilidade

A Igreja Adventista do Sétimo Dia abriu uma sessão jamaicana da sua Associação Internacional de Liberdade Religiosa, que defende os direitos de todas as religiões, num festival com a participação de altos oficiais do governo e milhares de outras pessoas em Kingston, Jamaica.
 
Líderes da sessão, chamada de Associação de Liberdade Religiosa Nacional, disseram que o grupo se fez necessário porque os jamaicanos não devem tomar a sua liberdade religiosa por fato assentado.
 
A liberdade religiosa está nas mentes de muitos jamaicanos depois que o governo aprovou uma lei de semana flexível para emprego alguns meses atrás, que um certo número de organizações religiosas temem não protegerem suficientemente o seu dia de adoração. O governo, no entanto, insistiu em que a lei não é uma ameaça à liberdade religiosa, porque dá aos empregados um período de 24 horas para usar como um dia de adoração.
 
A Associação de Liberdade Religiosa Nacional foi lançada durante o primeiro Festival de Liberdade Religiosa da Jamaica, na Arena Nacional, no sábado, 24 de janeiro, diante de uma multidão de milhares de adventistas, incluindo o governador-geral Patrick Allen, que é adventista, e membros de outras denominações religiosas.
 
“Estou satisfeito, feliz e honrado em acolher a Associação de Liberdade Religiosa Nacional na rede da IRLA”, declarou aos participantes John Graz, secretário-geral da Associação Internacional de Liberdade Religiosa. “Nossa missão é proteger, promover e defender a liberdade religiosa de todos e em todos os lugares. Agora é a missão de vocês”, acentuou Graz, que atua como diretor de Relações Públicas e Lberdade Religiosa da Igreja Adventista a nível mundial.
 
O vice-primeiro-ministro Robert Pickersgill, que representou o primeiro-ministro, disse que o governo reconheceu o “enorme impacto” da liberdade religiosa no desenvolvimento da Jamaica e havia inserido o direito numa emenda da constituição da Jamaica de 2011.  “Inúmeras escolas, hospitais, agências doadoras e programas de desenvolvimento comunitário de longa data na Jamaica são o resultado da liberdade religiosa e da forte influência da Igreja”, disse Pickersgill.
 
O membro do Parlamento, Pearnel Charles, que representou o líder da oposição, Andrew Holness, prometeu que o Partido Trabalhista da Jamaica iria defender a liberdade religiosa sempre, mas exortou os cristãos a se manifestarem contra a injustiça humana. “Você não pode ficar em silêncio quando a liberdade está sob ataque . . . quando nosso povo está sendo assassinado em todo o mundo, inclusive na Jamaica”, disse ele.
 
Ele também disse que os cristãos devem se envolver na política, “porque se você não se importa, alguém vai se importar”. E, acrescentou: “Esteja pronto para defender sua liberdade. Um ataque à liberdade em qualquer lugar é um ataque à liberdade em todos os lugares”.
 
O novo secretário-geral da Associação de Liberdade Religiosa Nacional é Nigel Coke, que também é diretor de Relações Públicas e Liberdade Religiosa da União Associação da Igreja Adventista na Jamaica. Ele nomeou o reverendo Conrad Pitkin como presidente e uma série de outros líderes religiosos como membros da diretoria interina.
 
Pitkin, que é presidente do Grupo Jamaicaino de Igrejas, agradeceu os sucessivos governos pela preservação da liberdade religiosa, permitindo que as organizações religiosas estabeleçam instituições de ensino e instituições de saúde benéficas aos seus membros.
 
A Jamaica se junta a mais de 80 países em todo o mundo com associações nacionais de liberdade religiosa. Mais recentemente, Papua Nova Guiné, abriu sua própria associação durante um festival no mês passado. Embora liderada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, a associação da Jamaica é multidenominacional e visa a defender e preservar a liberdade religiosa para todas as religiões. A sua organização-mãe, a Associação Internacional de Liberdade Religiosa, tem estado a defender os direitos religiosos das pessoas desde que foi fundada em 1893.