Inspirar alunos e impulsioná-los para que compartilhem sua fé em Cristo é o objetivo da Escola Sabatina Viva, um projeto mundial que busca imprimir uma visão de cuidado e mobilização dos membros a partir das Unidades de Ação e Pequenos Grupos. Para isso, serão avaliados indicadores semanais e trimestrais para impulsionar o envolvimento efetivo de cada participante.
“Queremos que a Escola Sabatina volte a ser a estrutura para mobilizar os membros para cumprir a missão. Chegar a esse nível requer comprometimento”, detalha o pastor Bill Quispe, diretor do departamento de Escola Sabatina para oito países da América do Sul. De acordo com ele, a proposta é que cada classe seja uma “mini igreja”, e que cada professor e professora pastoreie seus estudantes e os motivem a envolver-se em ações evangelísticas.
A Escola Sabatina ganhou seu primeiro guia de estudos, The Youth’s Instructor, em 1852. As reuniões para discutir seus temas também foram iniciadas no mesmo, e tinham como base o estudo da Bíblia, confraternização, testemunho e ênfase na missão mundial, ou seja, os olhos estavam voltados para alcançar pessoas em outras regiões do mundo.
Quispe ressalta que essa iniciativa busca resgatar alguns desses princípios que se enfraqueceram ao longo do tempo. Por isso, em algumas localidades o modelo já foi implantado e trouxe resultados mensuráveis. Na cidade de Limeira, por exemplo, no interior de São Paulo, o templo adventista de Olga Veroni experimentou um crescimento não apenas nesses pontos, mas também no número de pessoas batizadas.
Resultados Comprovados
Em 2021, por exemplo, quando a Escola Sabatina Viva começou a ser adotada ali, três pessoas foram batizadas. Mas já em 2022, a quantidade saltou para 14, o que representa um aumento de 466% em relação ao ano anterior. “Nossa Escola Sabatina era como a maioria: centralizada na igreja, sem expectativa de desenvolvimento nas áreas de Comunhão, Relacionamento e Missão”, narra o escrevente extrajudicial Welington Lima, coordenador distrital da Escola Sabatina em sua região.
Isso começou a mudar quando os alunos fortaleceram sua comunhão diária com Deus por meio do estudo da Bíblia e da Lição da Escola Sabatina; aprenderam a desenvolver o companheirismo cristão com atividades voltadas ao relacionamento, e a ser um auxílio para a vizinhança com ações comunitárias e envolvimento em iniciativas missionárias.
Além disso, o modelo possibilitou a assimilação de interessados nas Unidades de Ação e proximidade com alunos da TV Novo Tempo, expandindo assim seu alcance e influência, além da integração com outros departamentos da igreja. E o que mudou no templo frequentado por Lima? “Fidelidade, frequência nos cultos, relacionamento, visitação entre os membros, crescimento de estudos bíblicos. Hoje cada Pequeno Grupo tem pessoas que não são adventistas estudando a Bíblia”, sublinha ele. A proposta apresentada pelo pastor Bill Quispe é que esses ambientes – as Unidades de Ação e Pequenos Grupos – se tornem locais de acolhimento e pastoreio.
“Queremos que essas pessoas sejam visitadas. E isso deve acontecer, pelo menos, uma vez no semestre, com oração e tempo de qualidade para atendê-las. Nossos professores são auxiliadores do pastor local, apoiando-o inclusive nessa atividade. E com isso, eles cuidam cada vez mais uns dos outros”, explica Quispe.
E para fortalecer ainda mais o trabalho dos professores nos templos locais, a proposta é que anualmente as Uniões e Associações – sedes administrativas da Igreja Adventista para diferentes níveis – organizem o “Reconhecimento de Excelência”, um programa voltado para valorizar as conquistas de Unidades de Ação e Pequenos Grupos que cumpriram suas atividades com maestria.
Modelo Ampliado
E para ampliar o estabelecimento das Unidades de Ação e Pequenos Grupos como estruturas efetivas de pastoreio e mobilização, em 2024 será realizado o Fórum da Escola Sabatina Viva. O encontro ocorrerá em Brasília, de 27 a 29 de maio, na sede da Igreja Adventista para oito países da América do Sul.
Estarão presentes administradores, diretores de departamentos e instituições da Igreja, pastores distritais, e diretores e professores de Escola Sabatina de templos locais. Serão compartilhados testemunhos com cases de sucesso para incentivar outras pessoas e classes. O aplicativo 7me também será estabelecido como a ferramenta oficial para gerenciamento da Escola Sabatina Viva, possibilitando o check-in dos participantes e o registro das atividades.
“Queremos tornar não apenas a Escola Sabatina Viva, mas mostrar que somos uma Igreja Viva, focada na missão e no cuidado com o próximo”, enfatiza Quispe. "Nosso propósito é ter momentos de diálogos para alcançar resultados, sempre com foco na excelência."
Em Olga Veroni, o trabalho missionário está indo além. Cada Unidade de Ação recebeu uma área geográfica formada por ruas e casas. A ideia é ir em busca de outras pessoas, incluido aquelas que vivem próximo a um Pequeno Grupo e que já estudaram a Bíblia pela Novo Tempo.
“A Escola Sabatina pode mudar a vida de uma pessoa, de uma igreja. Ela me aproximou de Jesus e acendeu o desejo de levar essa mensagem a outros. Eu apelo para que todos busquem o poder do Espírito Santo, e sem dúvida a Escola Sabatina irá revitalizar sua vida e sua igreja”, sublinha Lima.
A versão original deste artigo foi publicada pelo site da Divisão Sul-Americana em português.