South American Division

Bahia e Sergipe enviam 120 missionários para servir em outros países

Os jovens trabalharão em locais como Ásia, África e Oriente Médio no próximo ano.

Brazil

Para Déborah, ir para outro país contribuir com a vida de mais pessoas faz parte de um processo de cuidar do próximo que começou em sua própria cidade (Foto: Jefferson Paradello)

Para Déborah, ir para outro país contribuir com a vida de mais pessoas faz parte de um processo de cuidar do próximo que começou em sua própria cidade (Foto: Jefferson Paradello)

A advogada Déborah Cardoso está vivendo a realização de um sonho. Em 2023, ela viajará para o Líbano e depois para o Egito. Lá, ela dedicará alguns meses de sua vida a trabalhar em um projeto educativo para a comunidade. "Devo servir para servir; se não sirvo, não sirvo para nada", enfatiza. "Missão sempre fez sentido para mim."

Ela faz parte de um grupo de 120 missionários da Bahia e Sergipe que, no próximo ano, serão enviados a várias regiões do mundo, como Europa, Ásia e África, por exemplo. O projeto Pitcairn, como foi chamado, é uma resposta da igreja nesses estados ao que outras pessoas fizeram ao deixar seus países para que a mensagem adventista pudesse ser difundida por todo o Brasil e América do Sul.

"Nós como igreja, como líderes locais, como membros, estamos nos unindo financeiramente para enviar jovens missionários para vários lugares do mundo. Empresários que não podem ir por causa de seus negócios, por exemplo, estão contribuindo para que outros possam ir. As pessoas que têm poucos recursos também estão ajudando de alguma forma. Todos estão envolvidos”, detalha o pastor André Dantas, presidente na Bahia e Sergipe.

O que essa ação mostra aos membros? Segundo Dantas, isso reforça o sentimento de que eles não estão sozinhos no compartilhamento da mensagem bíblica em cada uma de suas localidades. E também desperta o que ele chama de “consciência missionária”: embora se fale de Cristo aqui, também é preciso ajudar em outros lugares.

Participantes agitam bandeiras de alguns dos países para os quais serão enviados (Foto: Naassom Azevedo)
Participantes agitam bandeiras de alguns dos países para os quais serão enviados (Foto: Naassom Azevedo)

Os missionários, que foram apresentados neste sábado, 22 de outubro, aos participantes do I WILL GO, evento de voluntariado e missão que acontece no Colégio Adventista da Bahia (FABDA), viajarão pelo Serviço de Voluntariado Adventista (SVA). Com isso, estarão diretamente ligados a projetos abertos em diversas regiões. O esforço da Igreja Adventista do Sétimo Dia na Bahia e em Sergipe vem justamente para ajudá-los com o custo de passaportes, vistos e passagens de ida e volta ao seu destino. “Com isso, será possível que os jovens saiam de sua congregação e salvem pessoas do outro lado do mundo”, enfatiza Dantas.

Contribuindo para a Missão Mundial

Enviá-los significa que o foco da igreja está no lugar certo, garante o pastor Elbert Kuhn, diretor mundial da SVA. Ele destaca que a igreja existe para cumprir os desafios lançados pela Bíblia para que a esperança seja compartilhada em gratidão ao amor de Cristo. Além disso, mostra preocupação com os jovens, que, no momento mais desafiador de suas vidas, estão envolvidos com o que lhes dará profundidade na comunhão com Deus e habilidades e competências nos contextos afetivos e profissionais e no relacionamento com novas culturas e línguas.

Kuhn ressalta que esse ato garante que a igreja seja global, e assim como missionários foram enviados para ajudar a América do Sul a se tornar o que é hoje, agora o território envia pessoas para lugares que precisam de apoio para seguir em frente. “Isso mostra nosso apreço pelas gerações mais jovens e que, em todo o mundo, temos o mesmo ideal”, ressalta.

Depois de participar duas vezes do projeto Um Ano em Missão, que oferece iniciativas em saúde, desenvolvimento social e ensino bíblico, Jeferson Silva pensou em dar um passo além: decidiu fazer o vestibular para estudar Teologia. No entanto, também recebeu um convite de seu pastor local, em Ilhéus, Bahia, para se tornar missionário em outro país. "Sou apaixonado por isso: levar a Palavra de Deus às pessoas. Descobri que o processo seletivo para o curso que escolhi aconteceria no mesmo dia em que irei, e precisava fazer uma escolha. Meu coração já sabia para onde queria ir", afirma.

Jefferson acredita que servir ao próximo deve ser uma prática constante (Foto: Jefferson Paradello)
Jefferson acredita que servir ao próximo deve ser uma prática constante (Foto: Jefferson Paradello)

Ao analisar as experiências que teve em diferentes lugares, Silva aprendeu que sempre há alguém precisando de outra pessoa. "Como cristãos, estamos aqui para servir. Não importa exatamente o que vou fazer quando chegar lá. Acredito que o importante é estar disponível para ajudar com o que sei e posso aprender", aponta.

Apenas o começo

O Colégio Adventista da Bahia também foi palco para a conclusão da preparação desses e de outros missionários para servir além das fronteiras de suas cidades e países. Ao todo, 1.400 participantes da Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai concluíram seu aprendizado na Escola de Missões, que ensina sobre aspectos espirituais, sociais e psicológicos e como se adaptar a diferentes culturas ao servir em outros locais. Em 2019, apenas 15 dessas iniciativas estavam em andamento em 8 países da América do Sul. Hoje, esse número já é de 95.

Alunos da Escola de Missão exibem certificado de conclusão da jornada preparatória (Foto: Naassom Azevedo)
Alunos da Escola de Missão exibem certificado de conclusão da jornada preparatória (Foto: Naassom Azevedo)

“O envio dessas 120 pessoas é um passo gigantesco para que os jovens participem da pregação do evangelho no mundo. Queremos motivar mais pessoas a fazerem o mesmo porque o testemunho que mais impacta é o do voluntário que está servindo. Eles se tornam o sermão. Queremos apressar a vinda de Jesus”, enfatiza o pastor Francesco Marquina, diretor da SVA para Bahia e Sergipe. "Esperamos que eles sejam uma influência transformadora nos lugares para onde vão, e possamos levantar uma geração, não apenas 120."

O artigo original foi publicado no site da Divisão Sul-Americana.

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