South Pacific Division

Novo Dispositivo para Auxiliar Cirurgias de Câncer de Mama no Hospital Adventista de Sydney

O San é o primeiro hospital na região norte de Sydney a oferecer o sistema de marcadores implantáveis Scout.

O Professor Associado Nicholas Ngui.

O Professor Associado Nicholas Ngui.

[Foto: Adventist Record]

O Hospital Adventista de Sydney (San) introduziu em seus serviços oncológicos um novo dispositivo que permite uma maior precisão nas cirurgias de câncer de mama.

O San é o primeiro hospital da região norte de Sydney a oferecer o sistema de marcadores implantáveis Scout para pacientes submetidas a cirurgias de câncer de mama.

Cerca de um terço das pacientes com câncer de mama possuem tumores que não podem ser palpados. Antes da cirurgia, essas lesões precisam ser localizadas e "marcadas" de alguma forma para que os cirurgiões saibam onde está o tecido anormal a ser removido. Esse processo é conhecido como "localização".

"Nos últimos 40 anos, o método predominante para marcar a localização de tumores cancerígenos e pré-cancerígenos na mama era a inserção de um fio-guia na lesão, guiado por ultrassom", explica Nicholas Ngui, cirurgião de câncer de mama e professor associado do San. "Isso geralmente era feito na manhã da cirurgia, e o fio permanecia no lugar até o procedimento para a remoção do tumor", acrescenta Ngui.

Algumas das desvantagens do fio-guia incluíam o desconforto da paciente por ter um fio saindo da mama e o risco de o fio se soltar. Além disso, exigia que a paciente acordasse cedo para realizar duas intervenções no mesmo dia, pois o fio-guia precisava ser inserido no departamento de radiologia pela manhã antes de ir para a sala de cirurgia para a remoção do câncer.

Nos últimos anos, uma nova tecnologia surgiu, utilizando marcadores implantáveis minúsculos como alternativa ao fio-guia. Dispositivos como o sistema Scout têm sido usados nos EUA há vários anos e foram recentemente aprovados para uso na Austrália.

"O dispositivo Scout consiste em inserir uma pequena 'semente' refletora, do tamanho de um grampo, no tumor de mama alguns dias ou semanas antes da cirurgia, e ela permanece no lugar até o momento da operação", explica Ngui.

"Essa semente atua como um marcador, ajudando a localizar a lesão. A semente refletora do Scout é inerte, não funciona com bateria e não emite radiação. No dia da cirurgia, usamos um dispositivo manual, semelhante a uma sonda, que emite um radar. A semente refletora devolve o sinal de radar, indicando exatamente onde está o câncer. Isso permite uma precisão maior na cirurgia. Com o fio-guia, às vezes é difícil localizar exatamente o câncer, pois o fio pode ser muito longo e não se sabe a profundidade exata dentro da mama. No entanto, com o sistema Scout, sabemos precisamente a distância entre o marcador refletor e a ponta da sonda (ao milímetro), permitindo fazer a incisão com base em informações em tempo real sobre a localização do câncer", explica Ngui.

Segundo Ngui, o Scout pode ajudar a obter margens mais claras ao redor do tumor e preservar o tecido saudável da mama. "Com o fio-guia, às vezes precisávamos remover tecido ao longo do fio se não tivéssemos certeza da localização exata da lesão", explica.

Ngui conclui: "Com o Scout, a semente refletora está posicionada exatamente no centro do tumor, o que torna a cirurgia muito mais precisa. Com a sonda Scout, obtemos um mapa tridimensional da distância das margens em todas as direções, e se a sonda indicar que a margem está a apenas 1 mm, podemos remover um pouco mais de tecido mamário. O Scout fornece informações em tempo real sobre se as margens são adequadas ou não".

O artigo original foi publicado no site de notícias da Divisão do Sul do Pacífico, Adventist Record.

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