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RECUPERAÇÃO FINANCEIRA É OBRA DE DEUS, DIZ TESOUREIRO DA SEDE DA IGREJA

Depois de um déficit de US $ 20 milhões em 2015, a Associação Geral saiu do vermelho

Silver Spring, Maryland, United States | Marcos Paseggi, senior correspondent, Adventist Review

O tesoureiro da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Juan Prestol-Puesán, disse que a recuperação financeira que a sede da Igreja experimentou em 2016 é nada menos que a intervenção de Deus. Prestol-Puesán fez as suas observações ao apresentar o Relatório do Tesoureiro no primeiro dia do Concílio de Primavera da Comissão Executiva da Associação Geral, uma das duas principais reuniões administrativas anuais da denominação.
 
A Associação Geral, que terminou em 2015 com um déficit de U$ 20 milhões em seu patrimônio líquido, saiu do vermelho, já que chegou ao fim de 2016 com um superávit de US $ 1 milhão. A reviravolta de 21 milhões de dólares, disse Prestol-Puesán, “testifica das respostas de Deus à oração”.
 
Prestol-Puesán reconheceu que algumas mudanças nas arenas políticas e econômicas ajudaram a dar ao relatório de 2016 um resultado mais positivo. Ele mencionou vários elementos específicos, incluindo o fato de que o esperado declínio do mercado norte-americano, o que é tradicional depois de campanhas eleitorais, não ocorreu, e que o dízimo bruto total divulgado pela Divisão Norte-Americana atingiu U$ 1 bilhão pela primeira vez. O tesoureiro também ressaltou a recuperação parcial da moeda brasileira e a disciplina fiscal da sede mundial da Igreja. Este último dado foi fundamental para manter os gastos em níveis orçamentados ou abaixo desses níveis, ajudando a equilibrar as finanças e manter mais da sua viabilidade.
 
Apesar dos melhores esforços da equipe, Prestol-Puesán disse que a mudança nas perspectivas é “obra de Deus”. Um momento depois, ele interrompeu a sua apresentação para pedir uma oração especial agradecendo ao Senhor por cuidar de Sua Igreja.
 
Ted N.C. Wilson, presidente da Associação Geral, ecoou as palavras de Prestol-Puesán. “Isto não é nada menos do que a mão interveniente de Deus”, disse ele, ao elogiar o tesoureiro e sua equipe por sua “abordagem muito cuidadosa” durante um clima econômico mundial incerto e flutuações cambiais em curso.
 

Sinais Positivos 

Prestol-Puesán compartilhou que por causa de uma cuidadosa avaliação e plano de redução de despesas, o montante total gasto nas operações da sede mundial da Igreja diminuiu em U$ 14,9 milhões entre 2015 e 2016. A despesa operacional do escritório, no entanto, atingiu 99,2% dos 2% do total do dízimo bruto, que é o máximo que a Associação Geral pode utilizar dos dízimos para o seu orçamento de despesas operacionais da sede, conforme autorizado pela Comissão Executiva da Associação Geral.
Em outro resultado positivo, Prestol-Puesán relatou que as despesas de viagem apresentaram apenas 68,1% da despesa orçamentada total para viagens. “Dissemos aos funcionários em cada escritório e departamento, ‘Planeje suas viagens com cuidado. E não saia numa viagem específica a menos que tenha algo significativo para fazer’”. As pessoas deram ouvidos e agiram de acordo, disse o tesoureiro.
 
Prestol-Puesán, no entanto, fez um apelo especial para evitar qualquer sensação de excesso de confiança. “Tivemos um mergulho significativo abaixo da superfície, mas voltamos à tona. Agora precisamos manter-nos na superfície”, disse ele.
 

Desafios à Frente 

Um dos maiores desafios que a sede mundial da Igreja enfrentará nos próximos quatro anos é o declínio do dízimo, disse Prestol-Puesán. De acordo com a Praxe Operacional da Associação Geral V 09 05 2d, a região da Igreja da Divisão Norte-Americana (NAD), que em 2016 contribuiu com 6,85% do seu dízimo para as operações da AG, contribuirá com 6,60% este ano e 6,35% em 2018. Em 2019, essa Divisão vai transferir 6,10% do seu dízimo, para finalmente contribuir 5,85% a partir de 2020, ficando mais fundos disponíveis para a missão no território da Divisão.
 
Alguns outros números relevantes, explicou Prestol-Puesán, não voltaram aos montantes de anos anteriores. Especificamente, a porcentagem de capital de giro recomendado, que em 2014 atingiu 102,7%, foi de apenas 88,0% em 2016. Também, a porcentagem de ativos líquidos para compromissos, que em 2014 chegou a 124,8%, terminou 2016 em 98,9%. “É a realidade que estamos enfrentando, mas estamos mantendo um olhar atento sobre esses números”, disse ele.
 
Outro desafio para a sede mundial da Igreja está relacionado com o limite operacional de 2% da renda bruta do dízimo, que foi afetado pelas flutuações nas moedas internacionais nos últimos anos. Espera-se que, à medida que a força do dólar norte-americano continue, a AG estará acima do limite este ano e daí em diante. Em preparação para isso, a Comissão de Planejamento Estratégico e Orçamento recomendou à Comissão Executiva um aumento para 2,12% para 2017 e 2,13% para 2018. Os delegados votaram sobre a recomendação que foi aprovada por unanimidade.
 
Prestol-Puesán expressou o seu profundo apreço pelos esforços de sua equipe e pela fidelidade dos membros da Igreja em todo o mundo. No final, porém, deu a Deus todo o crédito. “Lembrem-se que quando fazemos o nosso melhor, Deus faz o resto”. E concluiu: “Levamos nossas responsabilidades a sério, mas os fardos são de Deus”.

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