O Congresso Freedom 25 Analisa Ações a Favor da Liberdade Religiosa

Desde 1893, a Igreja Adventista do Sétimo Dia trabalha de forma organizada a favor da defesa da liberdade religiosa. [Imagem: Divulgação]

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O Congresso Freedom 25 Analisa Ações a Favor da Liberdade Religiosa

"Quando entendemos a missão da Igreja... compreendemos a necessidade de defender e promover a liberdade religiosa", afirma o jornalista Heron Santana, diretor do departamento de Liberdade Religiosa da Igreja Adventista na Bahia e em Sergipe.

O Congresso Nacional de Liberdade Religiosa, Freedom 25, apresentou iniciativas que que fortalecerão o direito de crença e o respeito às diferentes manifestações de fé em todo o Brasil. O evento, realizado em São Paulo nos dias 15, 16 e 17 de maio, analisou cem ideias práticas sobre o tema para serem realizadas nos próximos dois anos.

As ações estão relacionadas à Agenda 25, que são áreas que buscam ampliar a compreensão e o direito à liberdade religiosa, o que consequentemente se reflete na proteção e benefícios para as pessoas que participam e as que não participam de crenças de caráter espiritual. Para debater esses assuntos, houve uma lista de autoridades do país e do exterior.

Entre elas, a ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); e o doutor John Graz, ex-secretário geral da Associação Internacional de Liberdade Religiosa.

Freedom 25 é uma iniciativa de três sedes administrativas da Igreja Adventista do Sétimo Dia em colaboração com a sede sul-americana. Entre outros objetivos, busca-se levar as discussões desse assunto aos membros dos templos locais. "Queremos manter vivo em cada coração o papel fundamental, histórico e ativo que temos como denominação em relação à defesa desse direito, incluindo o direito de não acreditar. Esse é um tema fundamental para os adventistas do sétimo dia e é necessário instruir, educar e sensibilizar as pessoas para que esteja cada vez mais presente em nossa vida diária e garantir não apenas a nossa liberdade, mas a de todos", destaca o Pastor Luís Mario Pinto, vice-presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia para oito países da América do Sul e diretor do departamento de Relações Públicas e Liberdade Religiosa para o referido território.

Para isso, durante o encontro foram debatidos temas como liberdade religiosa e o desafio ético racial; liberdade religiosa e bioética; liberdade religiosa e o sábado; liberdade religiosa e serviço militar, entre outros, todos contemplados pela Agenda 25. As ideias práticas para implementar até 2025 surgem a partir dessas áreas. Entre elas, existem ações como: criar vídeos virais de conscientização sobre o racismo; estimular a produção acadêmica relacionada à bioética e liberdade religiosa; produzir e promover um artigo sobre o sábado como resposta ao burnout, crise climática e dependência digital; incentivar e apoiar a criação de grupos locais de militares dedicados a promover e defender a liberdade religiosa em suas respectivas corporações.

Um Debate Amplo

"Quando entendemos a missão da Igreja, que é pregar o evangelho em todo o mundo, compreendemos a necessidade de defender e promover a liberdade religiosa. Isso assegura que essa mensagem continue avançando, sendo levada a todas as nações, tribos, línguas e povos. Portanto, o Freedom 25 nasce para direcionar os olhos de líderes e pessoas influentes na sociedade, não apenas para suprir a necessidade de garantir essa liberdade, mas especialmente para ampliar as formas de fazê-lo", detalha o jornalista Heron Santana, diretor do departamento de Liberdade Religiosa da Igreja Adventista para os estados da Bahia e Sergipe, e um dos organizadores do encontro.

Embora o evento tenha ocorrido na cidade de São Paulo, as apresentações foram transmitidas na íntegra no canal oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia no YouTube. E os painéis sobre temas específicos foram restritos à plataforma Zoom Meeting, permitindo a troca de ideias entre os participantes.

A possibilidade de debater, dialogar e construir coletivamente foi um dos principais objetivos do encontro. Por isso, o evento teve como público-alvo estudantes, pastores, advogados, profissionais de direito e líderes voluntários, para promover, defender e proteger a liberdade religiosa. Além disso, há a intenção de estimular produções acadêmicas sobre o tema, para que no futuro integrem simpósios, congressos e outras modalidades, ampliando assim o alcance do assunto.

"Não é apenas um congresso. É um projeto para apresentar ferramentas práticas e ações efetivas de vital importância para a Igreja", observa o pastor Odailson Fonseca, diretor do departamento de Liberdade Religiosa para o estado de São Paulo. "Também nos impulsiona e destaca o protagonismo da Igreja." As inscrições foram gratuitas através do site oficial do Congresso: agenda25.com. Os participantes também receberam certificados emitidos pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP). Outras informações sobre os palestrantes e detalhes da Agenda 25 também estão no mesmo site.

"Freedom 25 é um grande movimento de pessoas interessadas em dialogar sobre a liberdade religiosa como algo superior a um privilégio religioso. Queremos observar como ela se manifesta nas diversas interfaces da vida: na sociedade, no trabalho, no ambiente escolar e também na igreja. Como ela se manifesta no cotidiano das pessoas", destaca o advogado Alysson Galvão, diretor de Relações Públicas e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista do Sétimo Dia para seis estados do Nordeste do Brasil.

A versão original deste artigo foi publicada pelo site da Divisão Sul-Americana.