Onde está o campo missionário? No bairro, na cidade, na província, região ou departamento, no mundo. Foi o que disse a escritora americana Ellen G. White: " A obra do Senhor deve ser ampliada e estendida até atingir o mundo todo (Testemunhos para a Igreja, vol. 7, p. 14). E, com base nesse conselho, surgiu a iniciativa Mission Refocus da sede mundial da Igreja Adventista, que pretende incentivar todos os membros a se tornarem missionários ou apoiar missionários ao redor do mundo.

"É uma iniciativa para envolver as instituições da igreja, as uniões, as associações e as igrejas locais em projetos missionários. Mas como? A partir da igreja local, queremos lembrar que existem muitas regiões no mundo sem presença cristã", explica o Pastor Dieter Bruns, diretor do Serviço Voluntário Adventista para oito países sul-americanos, o departamento responsável pelo envio de voluntários e missionários dentro e fora da América do Sul.

Missão para Todos

O objetivo principal da Missão Refocus é conscientizar a igreja local, ou seja, todos os membros da Igreja Adventista, de que há uma grande parte do planeta que ainda não recebeu a mensagem bíblica e precisa de alguém para levá-la.

O Pastor Stanley Arco, presidente da Divisão Sul-Americana, enfatiza que "cada um de nós deve pensar em fortalecer a igreja local com a missão que temos. Mas o Evangelho não é pregado apenas na minha igreja local, em meu território. É pregado para todo o mundo. Então, a visão é igreja local, igreja global".

"Quando nos lembramos disso, somos motivados a ajudar. Quando ajudamos, na verdade, somos os grandes beneficiados. E ao estarmos cientes, ao iniciarmos o processo de ajudar, também criamos na igreja local mais unidade e mais desenvolvimento", enfatiza Bruns. Para ele, quando se tem alguém conhecido atuando no campo missionário, isso traz mais consciência e desperta a necessidade de obter informações sobre esse trabalho. Consequentemente, une a igreja em um propósito comum.

O Pastor Arco comenta que existem cinco fases para alcançar o objetivo final. A primeira é o projeto Missão Calebe, na igreja local. A segunda é o projeto Um Ano em Missão e o Serviço Voluntário Adventista. A partir daí vem a terceira parte, que é a troca de missionários entre as sedes na América do Sul. A quarta fase é o envio e recebimento de pessoas entre continentes por meio, por exemplo, do projeto Missionários para o Mundo, que já enviou 25 missionários para outros países. A última fase é um projeto a ser realizado na Tailândia e Indonésia, países onde há pouca presença de cristãos e adventistas.

Durante os próximos cinco anos, o plano é aumentar o envio de missionários voluntários e profissionais, promover viagens missionárias (por exemplo, missões de curto prazo) e investir em infraestrutura.

Barreiras e Oportunidades

A integração entre projetos e departamentos mostra o esforço em envolver a igreja integralmente no projeto Mission Refocus. Com isso, proporciona mais oportunidades missionárias para os membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Para que o projeto seja bem-sucedido, há alguns desafios que devem ser superados. Para os missionários, é o idioma. É essencial saber inglês, por exemplo, para aprender um terceiro idioma. Para as instituições e sedes administrativas que possibilitam o envio de pessoas, são os recursos financeiros.

O trabalho do projeto agora é se fazer conhecido em todos os lugares, apresentando as formas de conectar voluntários e missões. O site vividfaith.com é uma das formas de fazer essa conexão. Ele contém todos os espaços disponíveis em vários países para diversas funções.

Com a apresentação do projeto Mission Refocus durante a Reunião Diretiva, intitulada "Uma Igreja Viva", o objetivo é que todos se comprometam a trabalhar ativamente no envio e recebimento de missionários para trabalhar em regiões onde não há presença da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Este trabalho ocorre "em resposta ao que fizeram conosco na América do Sul no passado. Eles [os pioneiros] entregaram; vieram principalmente da América do Norte. Os líderes vieram aqui para difundir o Evangelho e hoje temos a igreja que temos. Agora vamos responder enviando missionários e voluntários para outros países que também têm essa necessidade", conclui o Pastor Arco.

A versão original deste artigo foi publicada pelo site da Divisão Sul-Americana.