Campanha Sul-Americana Promove a Prevenção e Combate à Violência na Maternidade

South American Division

Campanha Sul-Americana Promove a Prevenção e Combate à Violência na Maternidade

Informações são compartilhadas por meio de diversas ações para identificar, prevenir e superar abusos contra as mulheres durante a gestação e o parto.

Anualmente, a Igreja Adventista do Sétimo Dia promove a campanha Quebrando o Silêncio para ajudar a prevenir e combater diferentes tipos de vícios e abusos. Neste ano, o tema Violência na Maternidade foi escolhido para direcionar as ações da campanha, que acontecerá no dia 26 de agosto na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai, e continuará durante o ano todo.

Dentre as atividades do projeto, serão realizadas feiras e palestras gratuitas nas igrejas, escolas e auditórios abertos à comunidade, onde serão compartilhadas informações sobre o tema e será distribuído material com orientações de especialistas sobre a violência obstétrica, planejamento familiar, gestão das emoções durante a gravidez e a maternidade, o autocuidado e a autoestima da mãe, a importância da rede de apoio e do compartilhamento das responsabilidades entre os pais no cuidado do bebê, entre outros assuntos, com o objetivo de ajudar a identificar, evitar e superar os abusos contra as mulheres durante a gestação e o parto.

Entre os materiais da campanha está a revista, em três versões: para adultos, adolescentes e crianças, abordando o tema com uma linguagem simples e didática para as diferentes idades. Esses conteúdos também estão disponíveis em formato digital no site oficial da campanha: quebrandoosilencio.org. Há outros materiais disponíveis no site, além de todas as informações sobre o projeto.

Arte para promover a campanha Quebrando o Silêncio deste ano. [Foto: Divulgação]
Arte para promover a campanha Quebrando o Silêncio deste ano. [Foto: Divulgação]

Sobre o Tema

A chegada de um filho é um momento único e muito aguardado pela maioria dos casais. Mas, às vezes, esse momento é ofuscado por vários tipos de abusos contra as mulheres, que acontecem durante a gravidez, o parto ou o pós-parto. Por outro lado, uma gravidez indesejada, fruto de um relacionamento abusivo e/ou sem uma rede de apoio, também é um cenário desastroso, com repercussões negativas de longo prazo na vida da mãe e do bebê.

Durante a gravidez e o parto, a violência obstétrica é uma condição traumatizante que, infelizmente, é mais comum do que parece. O termo se refere aos abusos praticados por alguns profissionais de saúde no atendimento às mulheres nas diferentes fases da gravidez e nos primeiros meses da maternidade. O atendimento desumano, que pode envolver violência física, psicológica, sexual ou até mesmo a adoção de procedimentos desnecessários ou sem o consentimento da paciente, pode ferir sua autonomia, gerar sofrimento desnecessário e resultar em graves consequências psicológicas e até físicas. Esses tipos de práticas não são realizados por todos os médicos ou enfermeiros. Por isso, é importante saber identificar quando é um problema real de violência para procurar outro entre os vários profissionais que exercem a profissão com amor e responsabilidade.

Já no pós-parto, a falta de apoio do companheiro nos cuidados com o recém-nascido, nas tarefas domésticas e até mesmo comentários sobre a condição física da mulher ou a maneira como ela cuida do bebê geram sérios problemas emocionais que podem levar à temida depressão pós-parto, quadro que afeta quase metade das mães.

Somam-se a esses casos a violência física, que muitas mulheres enfrentam durante a gravidez por parte de seus parceiros e muitas outras situações de abuso. A campanha Quebrando o Silêncio 2023 foca em diversas dessas questões para fornecer conhecimento para ajudar a prevenir e combater a violência na maternidade.

A versão original deste artigo foi publicada pelo site de notícias da Divisão Sul-Americana em espanhol.