Loma Linda University Children's Hospital, Inc.

Hospital Infantil da Universidade de Loma Linda Realiza o Primeiro Transplante Cardíaco Parcial Pediátrico no Sul da Califórnia

A cirurgia de 15 horas restaurou a função cardíaca de uma criança de 12 anos que nasceu com um raro defeito no coração.

Loma Linda, California 92350, United States

Linda Ha, Universidade de Loma Linda
Hospital Infantil da Universidade de Loma Linda Realiza o Primeiro Transplante Cardíaco Parcial Pediátrico no Sul da Califórnia

[Foto: ULL]

O Hospital Infantil da Universidade de Loma Linda realizou o primeiro transplante cardíaco parcial pediátrico no sul da Califórnia, um procedimento inovador que pode transformar o futuro do reparo de válvulas cardíacas.

A cirurgia, que durou 15 horas, foi conduzida pelo cirurgião cardiotorácico Anees Razzouk no dia 21 de janeiro de 2025.

O paciente, Ymiliano Hernández, de 12 anos, nasceu com truncus arteriosus, uma rara malformação congênita em que um único vaso sanguíneo sai do coração em vez dos dois habituais, comprometendo o fluxo sanguíneo normal. Hernández passou por um transplante parcial de coração, no qual suas válvulas e condutos de saída danificados foram substituídos por tecido vivo do coração de um doador. A ecocardiografia pós-operatória revelou que seu coração agora funciona como se tivesse nascido com um normal.

“Aos dois anos, Ymiliano já havia passado por duas cirurgias importantes, seguidas de um procedimento com cateter”, explicou Razzouk. “Mais tarde, uma infecção nas válvulas o deixou diante da necessidade de uma quarta cirurgia para substituir duas válvulas protéticas. No entanto, o transplante parcial de coração foi uma solução melhor, pois fornece tecido vivo capaz de resistir a infecções, crescer com ele e apoiar a circulação normal.”

A cardiologista de Hernández, Dra. Natalie Shwaish, acredita que esse procedimento pode representar o futuro dos transplantes de válvulas cardíacas para muitos pacientes.

“É incrível pensar nos benefícios dessa abordagem”, afirmou Shwaish. “Os substitutos de válvulas tradicionais, como os feitos a partir de tecidos humanos ou bovinos, têm vida útil limitada. Isso significa que os pacientes geralmente precisam de cirurgias repetidas a cada 10 anos, em média, ao longo da vida. Os riscos aumentam a cada nova cirurgia torácica, tornando os procedimentos repetitivos uma preocupação significativa. A outra opção, as válvulas cardíacas mecânicas, exigem o uso contínuo de anticoagulantes, que são difíceis de gerenciar em crianças e sempre apresentam o risco de sangramento.”

Principais benefícios do procedimento:

  • Solução potencialmente mais duradoura em comparação com válvulas artificiais tradicionais.

  • A válvula cardíaca transplantada cresce com o paciente, reduzindo a necessidade de substituições futuras.

  • Elimina a necessidade de anticoagulantes por toda a vida, tornando-o mais seguro para crianças ativas e futuras mães.

  • Expande o grupo de doadores ao permitir o uso de corações não aptos para transplantes completos.

Atualmente, o procedimento requer o uso de imunossupressores para evitar a rejeição, o que pode aumentar a vulnerabilidade do paciente a infecções.

O programa de Cardiologia e Cirurgia Cardíaca do Hospital Infantil da Universidade de Loma Linda foi classificado como o 10º melhor dos Estados Unidos para 2024-2025, segundo o U.S. News & World Report.

6 Ymiliano Post Surgery

A versão original deste artigo foi publicada no site da Universidade de Loma Linda.

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