A Cúpula Internacional de Liberdade Religiosa 2016 concede aos defensores uma plataforma para abordar a escassa cobertura da mídia de casos de discriminação e perseguição em todo o mundo

Religious Liberties Summit 5 24 2016 selects 10

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A Igreja Adventista do Sétimo Dia organizou a cúpula, que teve lugar em Washington DC, para realçar o seu valor central de proteger a liberdade religiosa para todos.

Em face de que a liberdade religiosa continua a deteriorar-se por todo o mundo, a Igreja Adventista do Sétimo Dia reuniu uma ampla gama de organizações de defesa e líderes públicos para considerar meios de fazer com que o problema conste em maior destaque da agenda pública.

A Cúpula Internacional de Liberdade Religiosa 2016, realizada em 24 de maio no Centro de Liberdade Religiosa da Newseum, no centro de Washington, DC, enfocou o que se tornou uma das principais preocupações dos defensores da Liberdade Religiosaa cobertura e atenção política relativamente escassas dadas ao aumento dos índices de discriminação religiosa e perseguição. O Centro de Pesquisa Pew estima que cerca de 5 bilhões de pessoas enfrentam globalmente restrições religiosas significativas, e uma em cada três pessoas vive em lugares onde a liberdade religiosa é severamente restrita.

“Há clamores dos perseguidos que nos recusamos a ouvir”, disse o ex-congressista dos Estados Unidos, Frank Wolf, um dos oradores principais na Cúpula. Wolf, que foi um dos mais destacados apoiadores da legislação de liberdade religiosa durante seus 36 anos no Congresso, agora trabalha em estreita colaboração com a 21st Century Wilberforce Initiative, uma organização que promove a conscientização das violações da liberdade religiosa em todo o mundo.

Na Cúpula, Wolf descreveu visitas ao Iraque, Nigéria, Sudão e China, onde testemunhou, em primeira mão, as consequências trágicas de perseguição por regimes repressivos e os motivados por preconceito e intolerância religiosa. Precisamos ter olhos atentos aos tempos em que vivemos”, disse Wolf, e exortou os presentes a não permitirem que os perseguidos se tornem “vítimas sem rosto, sem nome em guerras distantes e em celas de prisão difíceis de pronunciar”.

Dwayne Leslie, diretor-associado do Departamento de Relações Públicas e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista, organizou a Cúpula e disse que o evento refletia o compromisso de mais de 150 anos da Igreja em defender a liberdade de religião e de crença para todas as pessoas, independentemente da sua fé.

De acordo com Leslie, o interesse pela Cúpula superou as expectativasos planos foram feitos originalmente para 120 participantes, mas os inscritos logo ultrapassaram esse número, e atingiu a capacidade máxima de 250 pessoas. O enorme interesse, Leslie acredita, resultou em grande parte da abordagem prática, de atuar com a mão na massa, da Cúpula. “Ao conversar com as pessoas ao longo do dia”, diz Leslie, “ouvi que estavam formando novos relacionamentos, descobrindo novas ideias de como divulgar a sua mensagem e começando a pensar em termos de colabora ção com outros para fazer avançar objetivos compartilhados”.

É esta abordagem pragmática, focada em resultados à defesa da liberdade religiosa, que Leslie espera ser um legado de longo prazo da Cúpula. “A situação da liberdade religiosa em todo o mundo é clara”, ele disse. “Mas o foco desta Cúpula foi perguntar: Como podemos ser melhores defensores da liberdade religiosa? Como podemos ser mais eficazes na sensibilização quanto à discriminação e perseguição, e na mobilização de uma resposta? Como podemos transmitir a nossa mensagem e conseguir que as coisas sejam feitas?”

Percebendo a importância vital do alcance da mídia, Leslie atraiu vários jornalistas destacados à conversa. E. J Dionne, Jr., conhecido comentarista político e colunista do 'Washington Post', foi o segundo palestrante da Cúpula. Ele advertiu contra o perigo de permitir que as guerras culturais em curso nos Estados Unidos restrinjam a compreensão das questões de liberdade religiosa globalmente. “Na esfera internacional”, disse ele, “é vida ou morte”.

Outros jornalistas que falaram na Cúpula foram Lynn Sweet, editor-chefe do 'Chicago-Sun Times', Clarence Page, vencedora do Prêmio Pulitzer e colunista do 'Chicago Tribune', Doyle McManus, colunista do 'Los Angeles Times', e David Cook , editor-chefe do 'Christian Science Monitor', de Washington, D.C. Num painel de discussão de ampla dimensão, eles refletiram sobre a relativa falta de atenção da mídia para questões internacionais de liberdade religiosa, e ofereceram conselhos aos advogados da liberdade religiosa para um engajamento mais eficaz da mídia.

A Cúpula Internacional de Liberdade Religiosa 2016 foi co-patrocinada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia e pelo Centro de Liberdade Religiosa do Newseum. Foi financiada por doadores adventistas que queriam apoiar e melhorar os esforços de defesa da liberdade religiosa da Igreja. A Cúpula foi transmitida ao vivo tanto pelo Newseum e ABC News. Vídeo de toda a Cúpula estará disponível no próximo mês no site do Centro de Liberdade Religiosa do Newseum: religiousfreedomcenter.org

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