Membros da Igreja em Luanda desafiados a aumentar a rede deamigos sem igreja
Os líderes da Igreja na África Meridional estão coordenando o ministério de pequenos grupos para evangelização em larga escala aqui em Luanda, em resposta ao apelo da Igreja Adventista do Sétimo Dia a nível mundial para a missão de alcance às grandes cidades.
O incentivo vem num momento em que os dirigentes acentuam que a janela de oportunidade está aberta para o evangelismo na capital de Angola, agora a cerca de uma década do fim da guerra civil naquele país.
Ao redor de 52.000 grupos de aproximadamente cinco pessoas reúnem-se regularmente em casas. Depois de alguns meses os grupos serão combinados com quatro grupos de outras casas para formar o que os líderes chamam de "reuniões caseiras". O plano é ter até o final deste ano cerca de 10.000 dessas reuniões maiores regularmente estudando o evangelho.
O esforço vem depois de um ano de planejamento para implementar a iniciativa em toda a cidade, o que se segue a esforços evangelísticos anteriores da Igreja Adventista na região sul da África com base na premissa de que a evangelização não deve um grande evento único, mas um processo contínuo.
"Este método tem implicações enormes para a eficaz retenção de membros", disse Mike Ryan, um vice-presidente geral da Igreja Adventista a nível mundial, após seu discurso diante de 40.000 pessoas numa concentração aqui no mês passado.
Um grande desafio prossegue, porém, disse Ryan. A maioria dos adventistas não tem muitos amigos que ainda não são membros da Igreja. Isso é verdade também aqui, onde os membros estão sendo incentivados a fazer amigos na comunidade em geral.
A área metropolitana de Luanda conta com, pelo menos, 7 milhões de pessoas. Em resposta à Missão às Cidades, da denominação, os líderes da Igreja na região em 2011 designaram Luanda para evangelização, a primeira vez que um grande esforço de grande monta é realizado aqui após o país ter saído da condição tumultuada da superada guerra civil.
Durante décadas, a Igreja Adventista a nível mundial teve extrema dificuldade em oferecer apoio para a Igreja Adventista em Angola. Uma guerra civil de quase 30 anos foi generalizada e tirou a vida de 1,5 milhão. Durante esse tempo, a denominação não poderia conceder suas ofertas de 13º. sábado para projetos no país. "Ainda temos muito a fazer em termos de recuperação ", disse Paul Ratsara, presidente da Divisão Sul Africana-Oceano Índico, com sede na África do Sul.
A Igreja Adventista em Angola tem pouca infra-estrutura. O Seminário Adventista Bongo, na cidade de Haumbo, tem 115 alunos matriculados, e o conjunto de edifícios também tem uma escola, clínica e editora.
Angola é rica em recursos naturais, incluindo diamantes e petróleo. Na sua maioria os produtos são importados, tornando Luanda uma das cidades mais caras do mundo para estrangeiros. Mas mesmo enquanto o país atrai investimentos estrangeiros, mais de 40 por cento da população vive na pobreza.
Os dirigentes da Igreja esperam que o renovado impulso para evangelização, além de difundir o evangelho, ajude a trazer mais pessoas para uma melhor compreensão da vida saudável e compromisso com a educação.
"Os pequenos grupos tem-se provado como um instrumento eficaz nas mãos de Deus para nos trazer mais crescimento -- o crescimento espiritual, o crescimento nas relações, o crescimento no preparo de discípulos, e crescimento no plantio de novas igrejas", disse Gilberto Araujo, presidente da Comissão de Evangelismo Urbano da Divisão.